quinta-feira, outubro 3, 2024
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Chuvas chegam a Santa Catarina e derrubam casas

Os temporais que assolam o Rio Grande do Sul chegaram em Santa Catarina. Desde a quinta-feira 2, algumas cidades foram atingidas pelo acumulado de água, que causou enchentes e deslizamentos de terra.

O primeiro óbito registrado foi de um homem de 61 anos, que morreu depois de ter seu carro arrastado pelas águas de um rio em Ipira. Ele estava sendo procurado por equipes de resgate desde ontem, porém, seu corpo foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros na manhã desta sexta-feira, 3.

Em Capinzal, um motorista que fazia o transporte de 12 crianças decidiu retirá-las do ônibus escolar ao ver a altura da enchente. Elas saíram pela janela do veículo. As aulas foram suspensas no município. Em imagens publicadas nas redes sociais, é possível visualizar as águas tomando as ruas e derrubando casas.

Segundo informações da Defesa Civil de SC, pelo menos 155 pessoas estão desalojadas e 26 desabrigadas. Os municípios de Araranguá, Praia Grande e São João do Sul decretaram situação de emergência e, até o momento, 33 municípios registraram ocorrências.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que há risco de temporais e alagamentos no oeste e sul de SC. A frente fria, que vem do Estado vizinho, Rio Grande do Sul, deve avançar até as regiões do Alto Vale do Itajaí e Grande Florianópolis.

A chuva deve ser acompanhada de raios, fortes rajadas de vento e granizo. Há risco de deslizamento em áreas fragilizadas nas cidades de Chapecó, Concórdia e Campos Novos. Também pode haver elevação significativa do nível dos rios.

Santa Catarina e Rio Grande do Sul podem passar por ‘microexplosão atmosférica’

Ainda segundo o Inmet, os Estados podem registrar casos de microexplosão atmosférica nos próximos dias. O fenômeno ocorre quando uma corrente de vento descendente violenta se separa de uma nuvem de tempestade e se desloca com força em direção ao solo.

Na microexplosão (também conhecida por seu nome em inglês, downburst), uma descarga de ar frio e denso atinge o solo e se espalha, provocando ventos extremamente fortes que podem atingir velocidades muito altas.

O fenômeno é o oposto do tornado, quando os ventos em direção ao solo convergem, formando um redemoinho. Mas o poder destrutivo é semelhante. Uma microexplosão foi registrada no último sábado, 27, em Santa Cruz do Sul (RS).

O Rio Grande do Sul sofre os efeitos de fortes temporais que já deixaram ao menos 29 mortos e 60 desaparecidos. A microexplosão pode ocorrer junto com as fortes chuvas nas demais regiões, que têm causado inundações e mobilizado resgates,

O fenômeno da microexplosão pode ocorrer o ano inteiro, mas é mais comum no verão, quando os dias são mais quentes e a umidade é alta, o que favorece a formação de nuvens de tempestade.



Via Revista Oeste

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