A chuva forte que atinge o Rio Grande do Sul já provoca transtornos. O Arroio Saicã, na Região Central do estado, transbordou e impede a saída de cerca de 800 moradores da comunidade de Capela do Saicã, distrito de Cacequi.
Desde terça-feira, 27, não há condições de tráfego em nenhuma das quatro estradas de acesso à localidade. O trecho fica a 40 km do centro do município, próximo ao limite com Rosário do Sul.
Em comunicado nas redes sociais, a prefeitura informou que choveu mais de 350 mm desde o último sábado, 24. O acumulado é quase três vezes superior à média prevista para o mês de maio, de 123 mm, segundo o Climatempo Meteorologia.
Na última segunda-feira, 26, uma ponte desabou parcialmente, no limite entre Cacequi e São Vicente do Sul. Duas casas ficaram danificadas e receberam lonas. A situação dos moradores é acompanhada pela prefeitura e Defesa Civil.
Chuva afeta outros municípios
Seis municípios relataram problemas causados pela chuva, segundo levantamento da Defesa Civil do Rio Grande do Sul.
- Alegrete — Choveu em 48h o equivalente à média do mês no município. O Rio Ibirapuitã atingiu 10,80m, ultrapassando a cota de inundação (quando o rio transborda e sai do leito), que é de 9,70m. Mais de 100 pessoas foram retiradas de casa.
- São Borja — A prefeitura decretou emergência por conta do temporal. A água invadiu mais de 40 casas no município. No interior da cidade, 467 alunos de nove escolas tiveram as aulas suspensas, já que a chuva causou danos nas estradas que dão acesso às instituições de ensino.
- São Vicente do Sul — Uma ponte de madeira sofreu um colapso parcial. A estrutura é uma das principais ligações entre as localidades do interior.
- Sobradinho — Registrada queda de estrutura que liga o bairro da Baixada e a região central do município. Cerca de 300 famílias afetadas. O local foi interditado pela Defesa Civil municipal.
- Santa Cruz do Sul— Registrada ocorrência de deslizamento de terra. Duas residências foram atingidas, deixando três pessoas desalojadas.
- Uruguaiana— O Rio Uruguai também está em elevação. Segundo a Defesa Civil, está 4,43m acima do normal, mas ainda não há chance de inundação. Foram atendidos 15 chamados de moradores para entrega de lonas e retirada de água das residências. Houve registro de queda de árvores.