Agosto é o mês de uma das chuvas de meteoros mais aguardadas do ano: a Perseidas. O pico do evento foi entre os dias 12 e 13 deste mês e, claro, rendeu registros incríveis, como esse flagrante feito por uma estação de astronomia em Nhandeara, no interior de São Paulo.
O breve vídeo foi registrado pelo astrônomo amador Renato Cássio Potrinieri. A chuva de meteoros do Perseidas ocorre enquanto a Terra passa pelo caminho das partículas do cometa 109P/Swift-Tuttle, na constelação de Perseus.
Veja a chuva de meteoros do Perseidas em São Paulo
No seu auge, a chuva produz uma taxa nominal – também chamada de taxa de hora zenithal (ZHR) – de cerca de 100 meteoros por hora. No entanto, esse número é calculado assumindo um céu absolutamente escuro, com o ponto radiante situado no zênite (ponto mais elevado no céu, acima das nossas cabeças).
Como no Brasil, o radiante dessa chuva não se eleva muito no céu (Perseus é uma constelação do Hemisfério Norte), e como tais condições são quase impossíveis de se combinarem entre si, o número de meteoros visto por aqui costuma ser menor do que isso.
De acordo com Marcelo Zurita, colunista do Olhar Digital, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e diretor técnico da BRAMON, a fase da lua na noite de pico pode facilitar a observação dos meteoros Perseidas. “Este ano, a Lua não atrapalha tanto quanto no ano passado, que estava cheia. Ela estará em fase quarto-crescente na noite da máxima e se põe um pouco antes da Constelação do Perseu surgir no horizonte nordeste, deixando o céu em boas condições de visualização”.