Um acidente grave depois de uma temporada fantástica e entrando em ano olímpico. É o pesadelo de qualquer atleta de alta performance. Foi o que aconteceu com João Chianca, o Chumbinho, um dos surfistas brasileiros classificados para Paris 2024.
Em dezembro de 2023, Chumbinho sofreu um acidente durante um treino em Pipeline, no Havaí. O brasileiro saiu da água desacordado e precisou ser hospitalizado. Chianca só voltou a surfar cinco meses depois do ocorrido e está participando como convidado do Circuito Mundial de Surfe (WSL).
Agora os fãs do surfista vão saber os bastidores da recuperação dessa lesão porque, neste domingo (23), estreia um documentário sobre a vida de João Chianca. O filme, que está disponível gratuitamente na Red Bull TV, mostra como foi o ano de 2023 para o surfista, os bons momentos, como a chegada às finais da WSL e a classificação olímpica, e também os momentos ruins, como o do acidente.
Em entrevista à CNN, João Chianca contou que apesar de forte, essa é uma boa história, com desfecho positivo.
“Foi bem forte, um acidente bem grave. (O documentário) mostra o nosso ano de 2023, é realmente o momento chave, foi tudo num ano. A gente conversando com a Red Bull tinha uma programação de finalizar o documentário de maneira positiva, viajando para algum lugar. Aí esse acidente aconteceu e as coisas mudaram um pouco. Graças a Deus, com determinação, benção e saúde, tive a oportunidade de voltar e navegar dia após dia e finalmente ter a oportunidade de surfar a nível mundial novamente. É uma coisa que surpreendeu a todos nós, que teve até um desfecho mais positivo. Essa ida e volta de um atleta é sempre uma história muito legal para ser mostrada”, explicou o surfista.
Chumbinho destacou que outro ponto alto do documentário é a visão de seus familiares sobre os fatos.
“Esse documentário mostra diversas coisas, né? Mostra minha trajetória até o circuito mundial, até a fase de todo o trabalho, até quando atinjo esse patamar e essa recompensa, que é uma coisa muito gratificante para o atleta. Ele mostra os detalhes de dentro da história, a perspectiva da minha mãe, do meu irmão, do meu pai e da minha família. O que é a parte muito legal do documentário, com alguns momentos de vitórias”, contou.
Lucas Chumbo, surfista e irmão de João Chianca, também lançou recentemente um documentário sobre sua vida. Apesar das aparições de Chumbinho no filme do irmão, o surfista explica que os dois levam a vida profissional de forma diferente e que, por isso também, o documentário mostrar um mundo do surfe distinto daquele apresentado por Lucas.
“Eu e o Lucas sempre fomos surfistas, mas acabamos seguido caminhos diferentes. Similares, mas diferentes dentro do mundo do surf, isso que é legal. Então, realmente, os estilos são completamente diferentes. Eu viajo muito mais que meu irmão, ele viaja de maneira repentina. Isso acaba gerando uma agenda mais cheia. São modalidades diferentes, mas com objetivos comuns”, disse João Chianca.
Além de João Chianca, Filipe Toledo e Gabriel Medina também estão classificados para Paris 2024. Na chave feminina o Brasil também vai contar com três representates: Tati Weston-Webb, Tainá Hinckel e Luana Silva.
Para Chumbinho, a equipe brasileira está bem representada no surfe e as expectativas são altas. O surfista aposta ainda que o país vai superar o número de medalhas conquistadas em Tóquio no geral.
“Tenho muita fé no povo brasileiro e nos atletas brasileiros. Acho sim que a gente tem chance de bater as medalhas que a gente teve em Tóquio. E acho que o time brasileiro dentro do surfe nas Olimpíadas é um time muito bom. Então, realmente, as expectativas são muito boas, muito positivas pra esse evento.”