O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) afirmou que enfrenta dificuldades financeiras. A Polícia Federal prendeu o parlamentar em março, sob acusação de ser mandante, junto do irmão Domingos Brazão, do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes. O jornal O Globo divulgou a informação nesta segunda-feira, 22.
Em um processo de despejo contra um inquilino de um imóvel em Cascadura, zona norte do Rio de Janeiro, o deputado afastado solicitou a “dilação do prazo para pagamento das custas” do processo. O parlamentar deve R$ 4,5 mil.
“Destaca-se que o autor encontra-se atualmente em prisão preventiva, em razão de ser suspeito de investigação conduzida pela Polícia Federal”, consta no pedido. “Pelo exposto, requer-se a dilação do prazo para pagamento das custas […] tendo em vista que o autor está preso, o que acaba por dificultar o acesso do patrono à parte.”
Chiquinho Brazão está detido no presídio de segurança máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.
Possível cassação de Chiquinho Brazão
Na terça-feira 19, a deputada federal Jack Rocha (PT-ES) disse que pretende apresentar o parecer sobre o caso a partir de 5 de agosto. Ela é relatora do processo que pode cassar o mandato de Chiquinho Brazão. O Conselho de Ética da Câmara analisa a situação do parlamentar.
O colegiado ouviu sete testemunhas. Agora, a próxima fase será de instruções probatórias e, depois, a defesa de Chiquinho Brazão apresentará as alegações finais.
À comissão, Chiquinho disse que a relação com a vereadora “não era boa”, mas, sim, “maravilhosa”. Além disso, que a vereadora, talvez, o enxergasse como “um pai”.
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Chiquinho, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, são réus no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de serem os mentores intelectuais do assassinato da vereadora. O trio nega todas as acusações.