A China deve lançar, até o fim de junho, um novo veículo aéreo não tripulado (UAV), chamado Jiu Tian ou High Sky. Segundo o site South China Morning Post, o voo marcará um avanço na capacidade militar do país. A emissora estatal CCTV confirmou, na segunda-feira 27, que a aeronave passará por testes operacionais.
O país apresentou o modelo ao público em novembro de 2024, durante o Salão Aeroespacial de Zhuhai. O destaque é a função de “nave-mãe”, “capaz de lançar enxames de drones menores e munições flutuantes no ar, aumentando, significativamente, o alcance de combate e a versatilidade estratégica da China”.
Vídeos que simulam sua operação mostram o momento em que o Jiu Tian libera cerca de cem drones camicases a partir de compartimentos localizados nos dois lados da fuselagem.
Com envergadura de 25 metros, a aeronave pode decolar com até 16 toneladas de munição, sendo 6 toneladas dedicadas exclusivamente ao transporte de drones. Sua autonomia chega a 7 mil quilômetros.
Essa capacidade permite ataques coordenados e coletivos, além de potencial para driblar sistemas convencionais de defesa aérea. O modelo tem condições de rivalizar diretamente conta os UAVs norte-americanos RQ-4 Global Hawk e MQ-9 Reaper.
Apesar do uso militar, o governo chinês estuda empregar o veículo em ações civis, como vigilância marítima, controle de fronteiras, resgate e monitoramento ambiental.
A estatal AVIC desenvolveu o Jiu Tian, e a fabicação foi da Xian Chida Aircraft Parts Manufacturing. A aeronave será incorporada “à crescente frota de drones da China, que já inclui modelos avançados como o CH-7 e o antissubmarino Wing Loong-X”, informou o South China Morning Post.