Depois de participação na Cúpula do G20, no Rio de Janeiro, o líder chinês Xi Jinping vai fazer uma visita de Estado a Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada, em Brasília, nesta quarta-feira, 20. Para a acomodação, a comitiva da China reservou um hotel inteiro na capital federal brasileira.
Apesar da total exclusividade, um hóspede foi poupado de mudança. Trata-se do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que reside no local desde a transição de governo, no final de 2022.
Com localização estratégica à beira do Lago Paranoá e próximo ao Palácio da Alvorada, o hotel oferece fácil acesso à residência oficial do presidente Lula. Durante a estada do líder da China, Xi Jinping, estão previstas reuniões bilaterais no Alvorada, uma cerimônia formal de assinatura de atos, bem como uma declaração conjunta à imprensa com o líder brasileiro.
Depois dessas atividades, um almoço ocorrerá na residência oficial de Lula. O dia vai acabar com um jantar no Itamaraty, ato que marcará o fim da visita oficial do líder chinês ao Brasil.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda, Haddad é o único hóspede com a autorização de permanecer no hotel durante esse período. O complexo hoteleiro também inclui uma segunda unidade habitacional com moradores fixos, os quais enfrentarão controle rigoroso de acesso durante a visita do líder chinês.
Medidas de segurança da comitiva da China
As medidas de segurança, que começaram a ser implementadas já nesta segunda-feira, 18, continuarão até a quinta-feira 21, data em que Xi Jinping deixará o país. As autoridades brasileiras determinaram que, por razões de segurança, serão necessárias algumas mudanças temporárias e restrições.
Isso inclui limitações no acesso dos moradores às áreas comuns do complexo e a possibilidade de revistas tanto na entrada principal quanto nas áreas comuns. Pode ocorrer, ainda, a presença de cães farejadores, para aumentar e garantir a segurança do local.
Desde o sábado 16, houve movimentações no hotel para a instalação de tapumes, destinados a limitar a visibilidade da entrada. No domingo 17, estavam planejadas simulações de entrada e saída do comboio presidencial.
O comunicado interno alerta que, como as autoridades não divulgaram todos os detalhes da operação de segurança, alterações adicionais poderão ocorrer “sem aviso prévio”.