A China publicou nesta quarta-feira, 9, um documento que reafirma a sua posição diante do aumento das tarifas comerciais aplicado pelos Estados Unidos. O país acusou Washington D.C. de agir com intimidação econômica e garantiu que vai manter as medidas de retaliação.
O comunicado foi divulgado depois da entrada em vigor das novas taxas norte-americanas, que chegaram ao patamar de 104%. Pequim está aberta ao diálogo, desde que ocorra em condições de “igualdade”. A condição imposta é clara: respeito mútuo e benefícios compartilhados.
Em coletiva de imprensa, o Ministério das Relações Exteriores da China condenou o uso político das tarifas. O porta-voz Lin Jian acusa os EUA de abusar dos impostos para pressionar Pequim. Além disso, o Ministério do Comércio reforça que continuará revidando enquanto a ofensiva norte-americana persistir.
“A China não deseja travar uma guerra comercial, mas o governo chinês jamais ficará de braços cruzados vendo os direitos e interesses legítimos do povo serem prejudicados e violados”, disse o porta-voz.
Regime chinês convoca reunião para decidir resposta às tarifas
O regime chinês convocou uma reunião emergencial para definir medidas de estímulo. A ideia é preservar a estabilidade econômica e reduzir os impactos do confronto com os Estados Unidos.
Além da retaliação verbal, o Banco Central da China tomou providências para conter a desvalorização do Iuan. Nesse sentido, a instituição solicitou que grandes bancos reduzissem a compra de dólares. A moeda chinesa vem sofrendo pressão de queda desde o início da escalada tarifária.
Apesar das perdas, o presidente Donald Trump manteve o discurso combativo. Em evento na Casa Branca, afirmou que as tarifas são permanentes, mas sinalizou uma possível abertura para negociações. Segundo o republicano, vários países já demonstraram interesse em acordos bilaterais.