sexta-feira, novembro 22, 2024
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China lançou um robô secreto ao outro lado da Lua

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, na última sexta-feira (3), às 6h27 da manhã, pelo horário de Brasília (17h27, no horário local de Pequim), a China lançou a missão Chang’e 6, que decolou no topo de um foguete Long March 5 a partir de Wenchang, na província de Hainan, para pousar no lado oculto da Lua.

Sobre a missão Chang’e 6:

  • Pesando 8,2 toneladas, a espaçonave Chang’e 6 carrega quatro componentes: um orbitador, um módulo de pouso, um ascendente e um módulo de reentrada;
  • Tudo isso com o objetivo de coletar amostras lunares do lado oculto da Lua, região praticamente inexplorada do satélite;
  • Este é um feito que nenhum país do mundo já realizou;
  • Se tudo correr como planejado, as amostras serão colocadas no veículo ascendente para serem transportadas da superfície para a órbita lunar;
  • Em seguida, haverá a transferência para o módulo de reentrada, que conduzirá os itens para a Terra.
China lança missão para coleta de amostras do lado oculto da Lua. Crédito: Administração Espacial Nacional da China (CNSA) via Xinhua

Ao que tudo indica, um quinto elemento surpresa também está a bordo da missão. Observadores atentos perceberam a presença de um rover amarrado na lateral do módulo de pouso que está programado para descer à superfície da Lua no próximo mês. De acordo com o site Live Science, o propósito do equipamento permanece desconhecido.

China será primeiro país a coletar amostras do lado oculto da Lua

Os países que já trouxeram amostras lunares para casa foram os EUA, a antiga União Soviética e a própria China, que foi a nação mais recente a fazer isso, com a missão Chang’e 5 em 2020. Todo esse material, no entanto, foi coletado no lado permanentemente visível da Lua.

Após chegar à Lua, a espaçonave fará um pouso suave no lado distante. Dentro de 48 horas depois, um braço robótico será estendido para colher rochas e solo da superfície lunar, e uma broca perfurará a superfície. O trabalho de detecção científica será realizado simultaneamente.

As amostras serão seladas em um recipiente e recolhidas pelo veículo ascendente, que vai decolar da Lua e se acoplar ao orbitador na órbita lunar, que então trará as amostras para a Terra, pousando na Região Autônoma da Mongólia Interior, no norte da China. Toda a missão deve durar cerca de 53 dias, segundo a Administração Espacial Nacional da China  (CNSA).

Era isso o que se sabia sobre a missão Chang’e 6 até a Academia de Tecnologia Espacial da China (CAST) divulgar novas fotos do módulo de pouso. Nelas, foi possível notar um pequeno objeto cinza com rodas amarradas na lateral.

“Isso parece um mini rover não revelado anteriormente do lado do módulo de pouso Chang’e-6”, escreveu o jornalista Andrew Jones, que faz a cobertura do programa espacial da China, em uma publicação no X (antigo Twitter).

Embora não tenha sido revelado qualquer informação sobre o rover, uma declaração traduzida subsequente do Instituto de Cerâmica de Xangai, que forneceu vários componentes para a missão Chang’e 6, revelou que ele tem um espectrômetro de imagem infravermelha. Devido ao tamanho do equipamento e às condições que ele enfrentará na Lua, sua missão provavelmente será curta.

Esta não é a primeira vez que a China surpreende o mundo com cargas úteis não reveladas. Durante a missão Tianwen-1 a Marte em 2021, várias espaçonaves, incluindo um orbitador e o rover Zhurong, lançaram minicâmeras secretas para fazer selfies no Planeta Vermelho ou ao redor dele.

Via Olhar Digital

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