A China anunciou nesta quarta-feira, 22, que irá impor sanções a várias empresas de defesa norte-americanas e seus executivos em resposta à suposta “coerção econômica” dos Estados Unidos contra companhias chinesas e ao fornecimento de armas para Taiwan.
As empresas afetadas incluem a Lockheed Martin e a Raytheon, bem como dez executivos dessas corporações. O regime chinês reiterou várias vezes sua oposição à venda de armas a Taiwan pelos EUA, que em 1º de maio também impuseram sanções a centenas de empresas, incluindo várias chinesas, as quais acusou de ajudarem a Rússia em sua guerra contra a Ucrânia.
“Os Estados Unidos impuseram, de forma indiscriminada, sanções ilegais e unilaterais a diversas entidades chinesas e continuam a vender armas para a região de Taiwan”, afirmou o governo chinês, em comunicado.
O ‘princípio de uma só China’
O pronunciamento também alega que as vendas de armas norte-americanas para Taiwan violam gravemente o “princípio de uma só China”, interferem nos assuntos internos da China e ameaçam sua soberania e integridade territorial.
Além disso, o governo da China criticou supostas “coações econômicas” dos Estados Unidos, que afetam seriamente os direitos e os interesses legítimos de empresas, instituições e cidadãos chineses.
Desde 1979, os EUA oficialmente reconhecem o governo de Pequim em vez de Taipei, mas permanecem como o principal aliado e fornecedor de armamentos para Taiwan.