Tudo sobre China
Um grupo de cientistas chineses anunciou que conseguiu clonar com sucesso uma dupla de cabras tibetanas pela primeira vez. A conquista pode ajudar os esforços para a criação desses animais que é um dos responsáveis pela produção da lã de caxemira.
Para quem tem pressa:
- As cabras tibetanas clonadas nasceram em Qinghai, na China;
- Para a clonagem, os pesquisadores utilizaram um processo envolvendo células somáticas;
- De acordo com a mídia estatal chinesa, a primogênita das cabras é saudável.
A clonagem foi conduzida por pesquisadores da Northwest A&F University que usaram células somáticas para realizarem o processo, de acordo com a mídia chinesa. As cabras nasceram na província de Qinghai, que fica na divisa com o Tibete.
Em resposta à agência de notícias Xinhua, o cientista chefe do programa de clonagem, Su Jianmin, disse que o primogênito das duas cabras nasceu saudável e com cerca de 3,4 quilos. Além dessas informações, ainda não existem outros detalhes acerca do processo de clonagem e das cabras.
Ainda não está claro se a pesquisa por trás da clonagem será publicada em alguma revista ou periódico científico. No entanto, a mídia estatal chinesa divulgou um vídeo de uma das cabras clonadas junto da sua mãe.
Técnica de clonagem e a China
O processo de clonagem com células somáticas envolve o núcleo de uma célula somática — qualquer uma que não seja um óvulo ou espermatozoide — inserido em um óvulo que teve seu núcleo retirado. Depois disso, a nova célula é reconstruída e estimulada para se dividir e desenvolver em um organismo completo que é idêntico geneticamente ao doador do núcleo de célula somática.
Esse processo já foi utilizado para clonar outros animais, como a Ovelha Dolly, ratos, furões, coelhos, cães, porcos, cabras, vacas e até mesmo o íbex-dos-pireneus que até então, antes de ser clonado, era considerado extinto. A técnica também já foi utilizada para clonar uma espécie próxima da cabra tibetana, a cabra do Himalaia, que é nativa das montanhas da Caxemira.
A China, recentemente, tem se destacado no ramo da clonagem. No início de 2024, outro estudo apontou que pesquisadores chineses haviam conseguido clonar um macaco rhesus, também com a técnica de células somáticas.