O partido Chega conquistou um novo assento parlamentar com a conclusão da apuração dos votos enviados por portugueses que vivem fora do país. A legenda atingiu 59 cadeiras, ultrapassou o Partido Socialista (PS) e passou a ocupar oficialmente o posto de segunda maior bancada no Parlamento de Portugal. A Aliança Democrática (AD), coalizão de centro-direita liderada pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, manteve a liderança.
A votação da diáspora portuguesa representou um impulso decisivo para o crescimento do Chega. A legenda obteve 26,45% dos votos no exterior, tornando-se a mais votada entre os eleitores que vivem fora do país. A AD ficou em segundo lugar, com 15,75%, seguida pelos socialistas, que receberam 13,55%.
A divulgação dos resultados teve início depois do fim do prazo para o recebimento das cédulas, às 17h, no horário de Lisboa (13h em Brasília), nesta quarta-feira, 28. Com os dados finais, o cenário parlamentar foi redefinido.
O presidente do PS, Carlos César, reconheceu em sua página no Facebook que o Chega ultrapassaria seu partido em número de cadeiras. A declaração foi feita horas antes da confirmação oficial dos resultados.
A nova composição do Parlamento marca um avanço significativo da direita nacionalista em Portugal
Nas eleições legislativas de 2024, os socialistas haviam conquistado 78 assentos. Na nova configuração, perderam 20 cadeiras e empataram inicialmente com o Chega, ambos com 58. A definição do voto dos eleitores no exterior permitiu ao Chega se isolar como a segunda principal força política do país.
A nova composição do Parlamento marca um avanço significativo da direita nacionalista em Portugal. Com mais espaço na Câmara, o Chega amplia sua capacidade de influência sobre os rumos do debate político nacional.