Nesta segunda-feira, 22, a diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle, prestou depoimento à sabatina de comitê da Câmara dos Deputados, que analisa o atentado contra Donald Trump. Ao colegiado, a chefe falou que a “falha operacional é a mais significativa do órgão em décadas”.
No ataque ocorrido no sábado 13, uma pessoa morreu e outras três ficaram feridas, incluindo o alvo principal, o ex-presidente e candidato do Partido Republicano à Presidência dos EUA.
Enquanto o Capitólio e o Departamento de Segurança Interna do Serviço Secreto analisam o sistema de segurança do evento, em si, o FBI investiga o crime. O autor dos disparos foi Thomas Matthew Crooks, de 20 anos. Agentes abateram o jovem logo depois do tiroteio. O comício de Trump em Butler, na Pensilvânia, que estava no começo, foi interrompido.
O presidente do comitê, James Comer, pressionou Kimberly para saber o motivo de nenhum agente estar no telhado de onde Crooks efetuou os disparos. A distância do atirador ao palco era de cerca de 130 metros. Algumas testemunhas relatam ter avisado agentes sobre o homem armado rastejando no local.
A chefe do Serviço Secreto disse que havia um plano em vigor para fornecer vigilância necessária, mas que o órgão ainda está avaliando a responsabilidade de quem deveria fornecer a segurança daquele local em específico.
Ainda segundo Kimberly, mesmo depois dos avisos de pessoas e de a polícia ter notado movimentações suspeitas, a natureza da ameaça não estava tão clara. “Se soubéssemos que havia um homem armado no local, Donald Trump não teria sido autorizado a subir ao palco”, afirmou.
Desdobramentos do atentado a Donald Trump
Depois dos desdobramentos do atentado, o Partido Republicano confirmou Donald Trump como nome para concorrer às eleições presidenciais de 2024 dos Estados Unidos. Seu vice na chapa é J.D. Vance, senador republicano.
Já seu principal concorrente até o dia do atentado, o presidente Joe Biden, retirou seu nome da disputa. Ele confirmou apenas que cumprirá o atual mandato na Casa Branca. A favorita para substituí-lo no Partido Democrata é Kamala Harris, a atual vice-presidente.