O chefe das Relações Exteriores do Hamas, Ali Baraka, afirmou que os “inimigos da América” no Oriente Médio estão se aproximando de países antiocidentais. Isso poderia tornar os Estados Unidos “coisa do passado”, segundo o diplomata palestino. A declaração, em tom de ameaça, ocorreu durante uma entrevista, na quinta-feira 2, para um canal libanês no YouTube.
Os “inimigos” dos norte-americanos, citados pelo funcionário do alto escalão do Hamas, são Rússia, China, Coreia do Norte e Irã.
Baraka falou que a Coreia do Norte teria — de acordo com o jornal norte-americano The Wall Street Journal — prometido ajudar o Hamas na luta contra Israel. O país comandado pelo ditador Kim Jong-un seria aquele com “maior probabilidade de agir contra os EUA”.
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O representante dos terroristas disse ainda que, se a Rússia e a China entrarem na guerra, será o fim dos Estados Unidos. “Hoje, todos os inimigos da América, ou aqueles que demonstram inimizade pelos EUA, estão cada vez mais próximos”, afirmou.
Segundo Baraka, a Rússia e a China já se reuniram com o Hamas. Ele contou que uma delegação do grupo terrorista teria viajado a Moscou e que a Rússia estaria “diariamente” em contato com o Hamas.
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“Os Estados Unidos foram estabelecidos pela Grã-Bretanha e pela Maçonaria Global”, disse o funcionário dos terroristas. “A América não permanecerá mais poderosa”, acrescentou. “Entrarão em colapso como a URSS.”
A entrevista foi traduzida pelo Instituto Middle East Research.
Estados Unidos e Israel
Os EUA estão apoiando os esforços de Israel para eliminar o Hamas. Os israelenses seguem com uma intensa operação terrestre na Faixa de Gaza, depois dos ataques de 7 de outubro, quando 1,4 mil pessoas foram assassinadas pelo grupo terrorista que controla a Palestina.
Os EUA tem uma relação histórica e cultural com Israel.
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