O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, Mohammad Bagheri, ordenou a realização de uma investigação sobre o acidente de helicóptero que levou à morte do presidente Ebrahim Raisi. A agência de notícias Tasnim publicou as informações nesta segunda-feira, 20.
Uma equipe liderada por um comandante militar e composta de especialistas técnicos será enviada ao local do acidente.
O helicóptero que levava Ebrahim Raisi caiu em uma região montanhosa isolada, no noroeste do Irã, no domingo 19. Todos que estavam a bordo da aeronave morreram.
Quem morreu no acidente
Entre os passageiros estavam o governador da Província do Azerbaijão Oriental, Malek Rahmati; o líder da oração de sexta-feira de Tabriz, Imam Mohammad Ali Alehashem; e o comandante, o copiloto, o chefe de tripulação, o chefe de segurança e um guarda-costas.
Segundo a Constituição do Irã, o primeiro vice-presidente assumirá temporariamente os poderes e funções do presidente, depois da aprovação do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei. Uma eleição para escolher o novo presidente deve ocorrer em até 50 dias.
Quem era Ebrahim Raisi, presidente morto do Irã
Ebrahim Raisi, nascido em 1960, começou sua carreira como promotor no início dos anos 1980. Ele avançou para procurador-geral de Teerã em 1994. Alcançou o cargo de chefe de Justiça do país em 2019.
Foi eleito presidente em 19 de junho de 2021, depois de uma eleição amplamente vista como não competitiva. Apenas 48,8% dos eleitores votaram.
Ebrahim Raisi sofreu sanção do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, em novembro de 2019, por causa do seu envolvimento na “comissão da morte” de 1988.
Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) mostrou que o Judiciário iraniano autorizou a execução de pelo menos nove crianças entre 2018 e 2019.