Após 11 anos, o Borussia Dortmund está de volta à decisão da Champions League. A campanha até aqui vem sendo irretocável: liderança do Grupo F — no que era considerado o “grupo da morte” com Paris Saint-Germain, Milan e Newcastle na primeira fase — e classificações sobre PSV, Atlético de Madrid e PSG no mata-mata.
O adversário na final que acontecerá no mítico Estádio Wembley, em Londres, na Inglaterra, às 16h (de Brasília) do próximo sábado (1º), será simplesmente o Real Madrid, maior campeão continental com 14 “orelhudas”. Será a terceira vez dos alemães na final da Champions.
A década de 1990 foi especial para o torcedor do Dortmund. Campeão alemão em 1963, o clube saiu da fila ao conquistar a Bundesliga duas vezes consecutivas, em 1994/1995 e 1995/1996. Isso aconteceu pouco após ser vice-campeão da Copa da Uefa, atual Europa League, para a Juventus — com 6 a 1 no placar agregado — na temporada 1992/1993.
Assim, os aurinegros entraram na Champions de 1996/1997 como um dos principais postulantes ao título — até por apenas 16 times estarem na fase de grupos. A classificação ao mata-mata veio com a segunda colocação do Grupo B ao somar os mesmos 13 pontos do Atlético de Madrid, que levou a melhor nos critérios de desempate.
Nas quartas de final, o Borussia Dortmund conseguiu duas vitórias e 4 a 1 no agregado sobre o Auxerre. Já na semifinal, duas vitórias por 1 a 0 sobre o Manchester United e vaga assegurada para a decisão no Estádio Olímpico de Munique, em 28 de maio de 1997, contra a Juventus.
Os juventinos, que contavam com nomes como Zidane e Deschamps, defendiam o título, além de terem vencido o River Plate no Mundial de Clubes de 1996. Curiosamente, Júlio César, Jürgen Kohler, Paulo Sousa e Andreas Möller faziam parte do elenco da Juventus naquela final de Copa da Uefa vencida sobre os alemães e agora estavam no Borussia.
Dentro de campo, o Dortmund fez grande primeiro tempo e abriu 2 a 0 com gols de
O cenário do Borussia Dortmund em 2012/2013 era parecido ao de 1996/1997. Os aurinegros tinham acabado de emendar os títulos da Bundesliga em 2010/2011 e 2011/2012, colocando um ponto final ao jejum que vinha desde 2001/2002, e da Copa da Alemanha de 2011/12, encerrando uma fila que vinha desde 1988/1989.
Já na fase de grupos, etapa disputada por 32 clubes, o Borussia deu uma bela demonstração de força: invencibilidade em uma chave que tinha Real Madrid, Ajax e Manchester City e liderança do Grupo D, com 14 pontos.
Nas primeiras eliminatórias, os aurinegros fizeram 5 a 2 no agregado sobre o Shakhtar Donetsk e um épico 3 a 2 sobre o Málaga, com os dois gols da virada saindo nos acréscimos do segundo tempo, com Reus, aos 46, e Felipe Santana, aos 48.
O ponto alto da campanha, entretanto, ainda estava por vir — e veio logo depois, na partida de ida das semifinais. Em noite histórica, o Borussia recebeu o Real Madrid no Signal Iduna Park e goleou por 4 a 1, com todos os quatro gols marcados por Lewandowski.
Porém, um dia antes, em 23 de abril, Dortmund foi atingida com uma notícia bombástica. A jovem estrela Mario Götze iria já na temporada seguinte para o Bayern de Munique após pagamento da multa de 37 milhões de euros. O meia foi chamado de “judas” por torcedores do Borussia.
Na volta, os aurinegros passaram sufoco, tomaram dois gols no fim do confronto e saíram do Santiago Bernabéu com a derrota por 2 a 0, mas a vaga na decisão assegurada. Para piorar, Götze foi substituído por Grosskreutz logo aos 14 do primeiro tempo por conta de uma lesão muscular na coxa direita. Do outro lado, o Bayern fez 7 a 0 no agregado sobre o Barcelona.
Assim como será no sábado, a decisão da Champions de 2012/2013 também foi em Wembley. Sem se recuperar, Götze assistiu ao duelo alemão das arquibancadas. Havia a dúvida sobre qual time ele apoiaria, mas o meia foi aurinegro por aqueles 90 minutos.
A etapa inicial foi movimentada, mas os gols saíram todos no segundo tempo. Aos 15,