A Controladoria-Geral da União (CGU) impôs uma multa de R$ 170,2 milhões à JBS — maior produtora de proteína animal do mundo — devido a pagamentos de propina a um auditor fiscal do Ministério da Agricultura. O objetivo era acelerar a liberação de créditos tributários.
A penalidade decorre de um Processo Administrativo de Responsabilização (PAR), que analisou transferências realizadas pela JBS para a conta do auditor, no período de 2012 a 2017.
Durante esse tempo, os irmãos Joesley e Wesley Batista, proprietários da companhia, faziam parte do conselho de administração. Eles se afastaram em 2017 e retornaram ao cargo em 2023.
Origem e detalhes da investigação
A CGU revelou que a JBS efetuou transferências que somaram R$ 381,5 mil ao funcionário público, por meio de depósitos mensais. Essa apuração originou-se de dados coletados na Operação Conduta de Risco, conduzida pela Polícia Federal em Goiás. A corporação investigava o pagamento de R$ 160 milhões para facilitar a liberação de R$ 2 bilhões em créditos tributários para a companhia.
Durante a investigação, o sigilo bancário do auditor foi quebrado e expôs os depósitos realizados pela JBS e seus funcionários.