domingo, julho 7, 2024
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CGU abre sindicância para apurar “abandono de trabalho“ de delegados ligados a Ramagem

A Controladoria-Geral da União (CGU) abriu sindicância para apurar possível abandono de função de dois agentes da Polícia Federal (PF) que estavam cedidos à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na gestão de Alexandre Ramagem, afirmaram fontes ligadas à apuração.

A notícia foi revelada pelo ICL Notícias e confirmada pela CNN.

Os policiais Felipe Arlotta Freitas e Marcelo Araújo Bormevet estão afastados da função por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os dois foram alvos da PF na primeira fase da operação “Vigilância Aproximada”, deflagrada em 25 de janeiro. A investigação averigua um esquema de espionagem ilegal na Abin, órgão para o qual Arlotta e Bormevet foram cedidos durante a gestão Ramagem.

A CGU apura uma suspeita de os dois deixaram de comparecer ao trabalho na Abin durante mais de um mês. As faltas supostamente sem justificativa foram registradas na época em que Ramagem se afastou da agência para concorrer ao cargo de deputado federal, nas eleições de 2022.

A sindicância da CGU pode culminar na demissão dos dois agentes da PF.

A CNN ainda não conseguiu contato com os policiais alvos da sindicância.

Na investigação da PF que apura o esquema de espionagem ilegal, apelidado de “Abin paralela”, Freitas e Bormevet — além de outros cinco policiais — estão no grupo classificado de “alta gestão da PF”.

O Ministério Público Federal (MPF), na manifestação ao STF, relata que o suposto esquema ilegal está relacionada a “práticas da alta gestão da agência, integrada essencialmente por policiais federais da confiança do então diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, à época cedidos ao órgão”. “Esse contingente ocupava cargos de alto escalão e exercia funções sem atribuições claramente definidas”.

Ainda segundo o documento, Felipe Arlotta Freitas foi um dos agentes que foram cedidos à Abin para “assessorar o ex-diretor-geral Alexandre Ramagem, mas exerciam atividades alheias àquelas para as quais haviam sido formalmente convocados”.

Já Marcelo Bormevet teria sido coordenador da Coordenadoria-Geral de Credenciamento de Segurança e Análise de Integridade Corporativa, “chefiando aproximadamente 25 servidores, em sua maioria Oficiais de Inteligência”, diz o documento.

Via CNN

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