domingo, novembro 24, 2024
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Cetesb multa usina responsável por morte de peixes em Piracicaba; valor chega a R$ 18 milhões

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) aplicou multa de R$ 18 milhões à Usina São José Açúcar e Álcool, responsável pela morte de peixes no Rio Piracicaba.

Resíduos da produção de açúcar da empresa atingiram a área de proteção ambiental (APA) Tanquã Rio Piracicaba, conhecida como pantanal paulista. Centenas de peixes morreram, em virtude falta de oxigênio na água, e a recuperação da área pode levar até dez anos.

Segundo a Cetesb, que completou o laudo do desastre ambiental nesta sexta-feira, 19, a oxigenação da água chegou a zero, inviabilizando a vida aquática. A substância contaminante foi arrastada desde o Ribeirão Tijuco Preto até o Tanquã, cerca de 60 km distante da usina.

As exigências da Cetesb

A agência ambiental afirma que a empresa não reportou o extravasamento da substância, e a alta quantidade de peixes mortos agrava a situação, especialmente por ter atingido uma área de preservação. Além da multa, a Cetesb exigirá medidas corretivas por parte da usina. O resíduo, conhecido como “mel”, é denso e difícil de diluir na água.

A Usina São José, localizada em Rio das Pedras e pertencente ao Grupo Farias, estava fechada desde 2020 e foi reativada em maio do ano passado. A substância poluente originada na usina atingiu primeiro o Ribeirão Tijuco Preto e percorreu cerca de 60 km até o pantanal paulista.

O histórico da Usina São José

Em nota, Mayla Fukushima, presidente em exercício da Cetesb, afirmou que “foram realizadas inspeções e coletas, e as análises laboratoriais não deixam dúvida sobre a relação entre o extravasamento de resíduos da usina e a mortandade dos peixes”.

A Usina São José informou, em nota, que está acompanhando a investigação e colaborando com a Cetesb para esclarecer as causas do incidente. Notificada pela Cetesb para retirar os peixes mortos do rio, a empresa afirma que, embora não tenha documento oficial ligando sua operação à mortandade, iniciou negociação com uma empresa especializada neste tipo de trabalho.

A empresa destaca ainda que ocorreram mais de 15 incidentes semelhantes na região nos últimos dez anos.

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Via Revista Oeste

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