O CEO da divisão de aviões comerciais da Boeing, Stan Deal, pediu desculpas pelos problemas evidenciados após uma porta de um 737 Max 9 ser ejetada em pleno voo da Alaska Airlines. O incidente levou ao escrutínio intenso sobre a fabricante e à suspensão de voos para verificações de segurança.
Para quem tem pressa:
- O CEO da divisão de aviões comerciais da Boeing, Stan Deal, pediu desculpas pelos recentes problemas com o modelo 737 Max 9 da companhia. Deal expressou compromisso com a melhoria da qualidade e reconquistar a confiança de clientes e reguladores;
- Em resposta ao incidente, a Boeing implementou várias medidas para reforçar seu controle de qualidade. Isso inclui verificações adicionais nos modelos afetados e a nomeação do almirante aposentado Kirkland Donald para liderar uma revisão independente das práticas de segurança e qualidade da empresa;
- A United Airlines, que possui a maior frota de Boeing Max 9 no mundo, retomou os voos com o modelo no sábado (27), após o levantamento da suspensão. A empresa planeja a reintegração gradativa do Max 9 em sua capacidade operacional;
- A suspensão dos voos dos 737 Max 9 foi uma decisão da Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) após o incidente com a Alaska Airlines, no qual o tampão de uma porta foi ejetado em pleno voo. A Junta de Segurança de Transporte dos EUA (NTSB) investiga o incidente.
Deal expressou, em nota aos funcionários, o compromisso da Boeing em melhorar sua qualidade para reconquistar a confiança de clientes, reguladores e do público. Ele admitiu que a empresa decepcionou e falhou com eles, segundo a agência de notícias AFP.
Retomada de voos com Boeing
A United Airlines, que possui a maior frota mundial de Max 9 (79 aviões), retomou o uso do modelo num voo no sábado (27), de Newark, Nova Jersey, para Las Vegas, Nevada, com 181 passageiros e tripulantes a bordo. Outros voos devem seguir. E o CEO da United, Scott Kirby, mencionou que o MAX 9 representou cerca de 8% da capacidade da empresa no primeiro trimestre.
Após o incidente com a Alaska Airlines, a Boeing tomou várias medidas para fortalecer o controle de qualidade. Entre elas: adição de níveis de verificações para os modelos afetados e a nomeação do almirante aposentado Kirkland Donald para supervisionar uma revisão independente das práticas de segurança e qualidade.
Além disso, dez mil funcionários da Boeing envolvidos na produção do 737 MAX pausaram o trabalho por um dia para discutir maneiras de melhorar as práticas de segurança. Outras companhias aéreas, como Aeromexico e Turkish Airlines, se preparam para retornar seus 737 MAX 9 ao serviço nos próximos dias.
A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) havia suspendido voos de 171 aviões Max 9 após o incidente de 5 de janeiro, no qual o tampão de uma porta se soltou em pleno voo. Embora ninguém tenha se ferido gravemente, inspetores afirmaram que o episódio poderia ter sido catastrófico.
A Junta de Segurança de Transporte dos EUA (NTSB) investiga o incidente e espera-se que divulgue suas conclusões na próxima semana.
‘Muitos parafusos soltos’
A Boeing voltou a enfrentar pressão após o CEO da Alaska Airlines, Ben Minicucci, revelar que inspeções realizadas nos aviões 737 Max 9 da empresa encontraram “muitos parafusos soltos“. A agência de aviação civil dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) exigiu inspeções nas aeronaves após uma porta ser ejetada em pleno voo da Alaska.
O CEO da Alaska Airlines expressou sua frustração e raiva em entrevista à NBC News. Minicucci enfatizou que o incidente afetou seus clientes e equipe, e pediu à Boeing para melhorar seus programas internos de qualidade internos.
A United Airlines recentemente expressou dúvidas sobre futuras encomendas e entregas de aviões Boeing 737 após o incidente. Michael Leskinen, diretor financeiro da United, mencionou que 31 das 107 aeronaves que a companhia espera receber em 2024 são Boeing 737 Max 9. Leskinen afirmou ser “irrealista” acreditar que todas essas aeronaves serão entregues conforme planejado atualmente.