Faisal Alibrahim e Larry Fink tiveram uma reunião a portas fechadas nesta terça-feira, 29. O primeiro é o ministro da Economia e Planejamento da Arábia Saudita e o segundo, o CEO da BlackRock — um dos maiores fundos de investimentos do mundo. O encontro ocorreu em Riad — a capital do país árabe.
No encontro, a dupla conversou sobre as metas da Saudi Vision 2030. Trata-se da agenda encabeçada pela família real da Arábia Saudita para “promover o crescimento econômico”.
Atualmente, a monarquia saudita é uma das grandes investidoras na economia global. Por meio do Public Investment Fund (PIF), os governantes investem em ativos que consideram estratégicos dentro e fora do Oriente Médio.
Investimentos da Arábia Saudita
A carteira de investimentos sauditas abrange quase US$ 1 trilhão em ativos. Entre os ramos com aportes: militar, automotivo, aviação, indústria de base, esportes, saúde, infraestrutura, tecnologia, comunicação e alimentos. Na lista, estão empresas conhecidas do público brasileiro, como Uber e a BRF — dona de marcas como Sadia e Perdigão.
O investimento da PIF na BRF ocorre por meio da Salic. Trata-se de um fundo especial para a produção de alimentos que investe em empresas em países como Austrália, Ucrânia, Índia, Canadá e Cingapura, além do Brasil. No território brasileiro, os investimentos também incluem o Minerva Foods.
BlackRock em números
No fechamento de 2023, a BlackRock reportou gerenciar US$ 10 trilhões em ativos. A cifra supera a soma do produto interno da Alemanha e do Japão (US$ 8,7 trilhões) — duas das quatro maiores economias do planeta.