Entre os dias 15 e 23 de abril de 2025, armadilhas chamadas ovitrampas que simulam criadouros do Aedes aegypti — compostas por água parada e palhetas de eucatex — foram instaladas em 759 residências nos bairros das zonas Norte e Leste de Teresina. Como consequência, foram coletados 22.361 ovos. Os resultados dessa atividade de monitoramento irão identificar áreas prioritárias para ações de controle do vetor.
Essa iniciativa é uma metodologia de vigilância de arboviroses (dengue, zika e chilungunya), conduzida pela Gerência de Zoonoses da Fundação Municipal de Saúde (FMS), com o segundo ciclo da estratégia terá início em 20 de maio e tendo novas instalações e monitoramento dos ovos coletados. Essas atividades seguirão ciclos mensais de instalações, identificação de áreas críticas e medidas de controle do mosquito Aedes aegypti.
Para implementar essa metodologia do Ministério da Saúde, foram realizadas pela equipe da FMS o planejamento das áreas, a sensibilização da população para adesão e a análise prévia de indicadores por parte de médicos veterinários coordenadores das áreas.
Para Lina Vera, coordenadora do núcleo de controle de roedores e vetores do Zoonoses da FMS, o envolvimento da população é essencial. “Com essas informações, conseguimos definir áreas prioritárias para reduzir os riscos de transmissão de arboviroses. No entanto, reforçamos que essa missão é coletiva: é fundamental que cada pessoa inspecione semanalmente seu quintal para evitar o acúmulo de água parada”.
O diretor da vigilância em saúde da FMS, Walfrido Salmito, destaca que, apesar da redução de 60% nos casos de dengue em Teresina neste ano, os cuidados devem ser mantidos. “Os dados indicam que as medidas de prevenção estão sendo eficazes, mas a luta contra a dengue exige um esforço contínuo. Pedimos à população que permaneça vigilante e procure atendimento médico ao apresentar sintomas”.