Nem tudo o que reluz é ouro. Os garimpeiros em uma mina na África do Sul descobriram isso na prática. Em vez do metal precioso, o brilho veio das luzes de emergência. Eles estão presos em um poço de segurança desde a quinta-feira, 22.
O grupo entrou no abrigo depois que o sistema de içamento — responsável por levar os trabalhadores à superfície — foi danificado. Ao todo, o problema afetou quase 300 mineiros. Parte deles já está na superfície. Ainda assim, quase 200 continuam no poço, segundo a agência Reuters.
No local, os garimpeiros trabalham a 3,2 mil metros de profundidade. O acidente aconteceu na Mina Kloof, a cerca de 70 km de Jonannesburgo, a maior cidade da África do Sul.
Dona da mina — e de grande parte do ouro da África
Os direitos de exploração pertencem à Sibanye-Stillwater — um titã global do ouro, metal responsável por grande parte do lucro da companhia. Ao longo de 2024, a empresa faturou US$ 6 bilhões. Cerca de 33% do caixa veio do ouro.
As operações sul-africanas renderam quase 22 toneladas de ouro para a empresa durante o ano. É o equivalente a 25% de toda a extração do metal precioso na África do Sul — ou seja: o país é uma mina de dinheiro para os sócios.