O Ceará está proibido pela Fifa de registrar jogadores, o chamado transfer ban. A decisão é de 12 de março e vale para três janelas de transferências, segundo documento oficial da federação internacional.
O clube tem sofrido diversos processos por dívidas trabalhistas. A Itatiaia questionou o Ceará sobre qual foi o processo que gerou a punição e ainda aguarda a resposta. A Fifa não divulgou detalhes do processo.
A janela de transferências para o Brasil fechou em 7 de março, antes da punição ao Vozão, que pôde registrar normalmente os 14 jogadores que contratou para a temporada. O próximo período completo para negociações será de 10 de julho a 2 de setembro de 2024.
Só que antes, a CBF, com autorização da Fifa, criou uma janela extraordinária, de 1º de abril a 19 de abril para transações nacionais. Há a necessidade de que o atleta tenha sido registrado em algum campeonato estadual. Com a lesão grave do goleiro Fernando Miguel, o Ceará observa esse mercado interno atrás de um jogador para essa posição, mas com essa punição não poderá contratar.
Em casos assim, a liberação ocorre somente quando há um acordo com a parte que acionou a Fifa por causa da dívida. Ou se o clube recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte, na Suíça, e conseguir um efeito suspensivo até o caso ser julgado. Foi o cenário, por exemplo, do Fortaleza com a dívida que o chileno Colo Colo alega existir por causa da saída do atacante Lucero.
Sem acordo, o Ceará ficaria proibido de contratar nas janelas de 10 de julho a 2 de setembro de 2024, na do primeiro semestre de 2025 e na do segundo semestre do ano que vem. O período de exceção aberto pela CBF em abril de 2024 não entraria na contagem das janelas de punição.
Recentemente, o atacante Chrystian Barletta conseguiu judicialmente deixar o clube, por causa de dívidas trabalhistas. Hoje ele atua no Sport. Pelo menos outros quatro jogadores acionaram judicialmente o Vozão, além do Floresta, clube da elite cearense e que cobra valor da venda do zagueiro Marcos Victor ao Bahia.