Após contratar Dorival Júnior como treinador da Seleção Brasileira masculina, a direção da CBF busca agora nomes para dois cargos de executivo: diretor e coordenador de seleções. Para o primeiro, a entidade tem como principal candidato neste momento Rodrigo Caetano, do Atlético-MG.
Não há pressa para essas definições, entretanto. A Itatiaia apurou que o presidente da confederação brasileira, Ednaldo Rodrigues, quer que os profissionais estejam trabalhando até 1º de março, data em que Dorival anunciará a primeira lista de convocados. O Brasil enfrentará a Inglaterra em 23 de março, em Londres, e a Espanha três dias depois, dia 26, em Madri.
Por enquanto, a parte burocrática da seleção principal, como logística de viagem e treinos para essas partidas, além do apoio a Dorival nos jogos que ele e sua equipe pretendem ver in loco para avaliar atletas, está sendo feita pela gerente geral de seleções, Claudia Faria, e pelo gerente Hamilton Correia.
Ednaldo quer ter calma nessas negociações porque provavelmente terá que tirar executivos que hoje estão empregados em clubes ou até mesmo em federações estaduais. Já houve um desgaste ao contratar Dorival do São Paulo e também com a demissão do antecessor dele, Fernando Diniz, que mantém contrato com o Fluminense.
Para negociar com Rodrigo Caetano, claro, a CBF vai perguntar se ele quer a função, e a resposta deve ser positiva. Mas como fez na contratação de Dorival, é possível que antes Ednaldo ligue para a direção do Atlético-MG. Outros nomes cogitados para o cargo de diretor de seleções, como o de Thiago Scuro, que está no Monaco, e de Rui Costa, do São Paulo, estão descartados no momento.
A ideia de Ednaldo Rodrigues é ter um diretor de seleções que comande todo o departamento, incluindo a base. É para esse cargo que Rodrigo Caetano é cogitado. A função seria diferente do diretor anterior, Juninho Paulista, que estava quase exclusivamente com a seleção principal masculina.
Um outro profissional será contratado como gerente ou coordenador de seleções e estará mais próximo de Dorival no dia a dia cuidando das burocracias como lista de convocados, locais de treinos e jogos etc. O perfil dessa segunda vaga pode ser de um ex-atleta que tenha experiência em cargos de direção.
Segundo o ge, um dos nomes cogitados é o de Mauro Silva, ex-volante campeão do mundo em 1994 e que atualmente é vice-presidente da Federação Paulista de Futebol. Internamente na FPF, a saída de Mauro é vista como improvável.
A CBF não tem um executivo que cuide da Seleção Brasileira desde a saída de Juninho Paulista, junto com a comissão técnica de Tite, ao fim da Copa do Mundo de 2022, no Catar. O próprio Ednaldo Rodrigues vinha tratando diretamente de demandas com o antecessor de Dorival como técnico da Seleção, Fernando Diniz, o que não deu certo.
Rodrigo Caetano tem no currículo passagens como executivo no Vasco, Flamengo, Inter, Fluminense e Grêmio. Recentemente foi procurado pelo Corinthians, mas preferiu permanecer no Atlético-MG.