Nas profundezas da Dorsal do Pacífico Leste, a mais de 2 mil metros abaixo da superfície do oceano, habita algo que, até recentemente, se escondia dos olhos humanos – em parte pelo difícil acesso à área: peculiares espécies de vermes abrigadas em uma rede de cavernas subterrâneas.
Entenda:
- Pesquisadores descobriram espécies de vermes vivendo em cavernas subterrâneas no Oceano Pacífico;
- As crateras são chamadas de fontes hidrotermais — fissuras na crosta terrestre que causam o encontro entre a água e o magma;
- Com a mistura, calor e minerais são liberados, promovendo o habitat perfeito para as espécies;
- A equipe usava um robô operado remotamente para explorar os arredores das cavernas quando detectou os vermes no subsolo;
- Ao menos 10 espécies foram documentadas – incluindo o verme Riftia pachyptila, que pode chegar a 3 metros de comprimento.
No estudo publicado na Nature Communications, a equipe detalha que algumas espécies de vermes foram localizadas em fontes hidrotermais – fissuras na crosta terrestre que causam o encontro entre a água e o magma. Essa mistura libera calor e minerais, criando o habitat perfeito para que as espécies prosperem.
Verme encontrado no Oceano Pacífico pode chegar a 3 metros de comprimento
A equipe usava um robô operado remotamente para explorar a vida ao redor das áreas vulcânicas, e foi surpreendida ao detectar espécies de vermes também no interior das cavidades. De acordo com o estudo, ao menos 10 espécies foram documentadas — incluindo o verme tubular gigante, Riftia pachyptila, que pode chegar a 3 metros de comprimento.
“Essas cavidades foram descritas por geólogos anteriormente, mas eles não viram animais e nós, biólogos, não sabíamos que as cavidades estavam lá, mas quando tentamos coletar as rochas para podermos procurar larvas de vermes tubulares na superfície, invadimos as cavidades e descobrimos os animais”, diz Monika Bright, bióloga marinha, ao ScienceAlert.
Por enquanto, os pesquisadores ainda não sabem ao certo a extensão ou quantidade das cavernas no subsolo. Apesar disso, a equipe destaca a importância de investir na proteção das espécies que habitam essas áreas contra atividades como a mineração em alto mar.