sábado, novembro 23, 2024
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Cavalo que ficou 4 dias ilhado em telhado no Rio Grande do Sul está desidratado, diz veterinária

Um cavalo, agora sob os cuidados de especialistas, foi resgatado depois de ficar preso no telhado de uma residência por cerca de cinco dias em Canoas, Rio Grande do Sul, uma das cidades mais afetadas pelas enchentes.

O animal, batizado de Caramelo, foi encontrado desidratado e foi necessário um esforço conjunto para garantir sua segurança e saúde.

Mariângela Allgayer, professora e médica veterinária do Hospital Veterinário da Ulbra, detalhou ao UOL o procedimento de atendimento ao equino. “O animal chegou sedado, foi aquecido, seco, teve os parâmetros aferidos e recebeu tratamento com hidratação venosa”, disse. “Após recuperar-se da sedação, foi colocado nas baias. Ele come e recebe feno [mistura de plantas ceifadas e secas].”

O cavalo está salvo

A operação de resgate, que ocorreu por volta das 11 horas, contou com a participação do Corpo de Bombeiros e do Exército, que usaram dois botes, quatro barcos e um jet ski. Durante o transporte, que durou cerca de 30 minutos, um dos bombeiros cuidou da hidratação do cavalo, levando uma bolsa de soro.

Bruno Schmitz, outro veterinário envolvido no resgate, compartilhou com a GloboNews que Caramelo, com cerca de 7 anos de idade, já apresentava sinais de desnutrição antes do incidente. “Ele está bem magro”, disse. “Não foi esse tempo no telhado. Bem cuidado, já não estava.”

A situação inusitada de Caramelo ganhou atenção nacional quando um helicóptero da TV Globo, que cobria as enchentes, capturou o vídeo do equino se balançando no telhado. O vídeo viralizou nas redes sociais, o que evidencia a gravidade das inundações na região.

Animal é um dos que sofreram no Rio Grande do Sul

Jéssyca Lumertz, veterinária especialista em equinos, também participou dos esforços de recuperação. Em entrevista ao UOL, ela descreveu as técnicas usadas para resgatar animais nessas condições.

“Existem algumas técnicas”, disse Jéssyca Lumertz. “Às vezes, sedamos os animais para acalmá-los. Fazemos algumas amarras em torno do corpo para ajudá-los a boiar. A cabeça fica no barco e o transportamos sem que ele precise fazer esforços.”

Ainda segundo Jéssyca Lumertz, apesar de não ter realizado resgates por içamento, o procedimento segue a mesma linha de sedação e amarrações para proteger o animal durante a operação. Com a experiência em reabilitação de animais vítimas de maus-tratos, a especialista contribuiu significativamente para o bem-estar de Caramelo durante o resgate.



Via Revista Oeste

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