sexta-feira, novembro 22, 2024
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Caso Marielle: prisão de ex-chefe de polícia explica por que investigações não andaram, diz presidente do PSOL à CNN

A prisão do delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, explica por que as investigações do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes “praticamente não andaram”, disse à CNN a presidente nacional do PSOL, Paula Coradi.

Neste domingo (24), Rivaldo e os irmãos Brazão — deputado federal Chiquinho (União) e o conselheiro do Tribunal de Contas da União do Rio de Janeiro (TCU-RJ) Domingos — foram presos por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes por suspeita de terem mandado matar a vereadora carioca e o motorista em 14 de março de 2018. Marielle era filiada ao PSOL.

A nomeação de Rivaldo para o comando da Polícia Civil foi bancada pelo general Richard Fernandez Nunes, mesmo com uma indicação contrária do setor de inteligência da corporação.

Nunes era o secretário da Segurança Pública do Rio de Janeiro durante a intervenção federal comandada pelo general Braga Netto, que, posteriormente, foi ministro do governo Jair Bolsonaro (PL).

Rivaldo assumiu a chefia da Polícia Civil na véspera do assassinato de Marielle e Anderson.

Para a presidente do PSOL, surpreendeu o partido o fato de Rivaldo, suspeito de mandar matar Marielle e Anderson, ter sido escolhido para chefiar a polícia do Rio “um dia antes do assassinato, em um estado que estava sob intervenção federal, do Braga Netto, que era o interventor naquele momento”. E, posteriormente, foi ministro do Bolsonaro e também compôs a chapa presidencial com ele.”

Acho que isso explica um pouco por que as investigações, durante o governo Bolsonaro, praticamente não andaram

Paula Coradi

Em nota, a defesa de Braga Netto disse que ele assinou a nomeação de Rivaldo como mera burocracia.

Segundo o comunicado, durante o período da intervenção federal na área da segurança pública no estado do Rio de Janeiro, em 2018, a Polícia Civil era “diretamente subordinada à Secretaria da Segurança Pública”. “Por questões burocráticas, o ato administrativo era assinado pelo Interventor Federal que era, efetivamente, o governador na área da segurança pública no Rio de Janeiro”.

Via CNN

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