A derrota de 1 a 0 do São Paulo para o Santos nesta quarta-feira (14), pela oitava rodada do Campeonato Paulista, no MorumBIS, ficou marcada por dois pontos para o técnico Thiago Carpini. O primeiro: a arbitragem de Edina Alves Batista. O segundo: a mudança na escalação, que causou surpresa.
O gol do Peixe surgiu após o árbitro de vídeo entrar em ação e apontar a penalidade. Depois, no fim da partida, o VAR também surgiu para apontar uma infração de Erick, anulando o gol tricolor após um toque de mão.
“Eu acredito que a arbitragem se sentiu um pouco pressionada até nas conversas que a gente tinha dentro de campo, que é habitual do treinador, com o trio e o quarto árbitro. Eu achei um pouco arredio. A arbitragem foi um pouco insegura em algumas ocasiões. Por diversas vezes, eu achei que deixou o jogo cozinhar, principalmente no segundo tempo, foi um jogo onde a equipe do Santos não deixou o jogo andar, muito atendimento, cai toda hora, confusão… acho que a arbitragem foi conivente em beneficiar, talvez, o infrator”, disse.
“O São Paulo querendo jogar, querendo ter a bola, melhor na partida por diversos momentos. Talvez, na grande parte da partida, fomos melhores e um jogo desse tamanho é decidido em detalhe, foi um detalhe. Criamos situações, tivemos volume ofensivo, posse de bola, muita competitividade. Vale valorizar a entrega, como o grupo foi guerreiro. A torcida apoiou o tempo todo, mas isso não foi suficiente para vencer”, acrescentou.
Para a partida contra o Santos, o técnico Thiago Carpini montou o time com dois jogadores com características de centroavante, Calleri e Juan. Ele ainda tinha a intenção de escalar três volantes, e Luciano mais adiantado na criação.
Porém, no aquecimento, o lateral-direito Moreira sentiu dores na coxa direita e foi vetado do jogo. Bobadilla, que estava escalado no meio-campo, ofereceu-se para ocupar a vaga e abriu espaço para Galoppo entrar no time titular, mudando as características do plano inicial de jogo.
“A ideia era fazer o tripé com dois jogadores que têm capacidade de fazer o corredor e pisar na área, o Alisson e o Bobadilla. O Pablo (Maia) protegeria um pouco mais. Acho que temos de ter variações, são muitos jogos, não podemos ficar presos num sistema, até porque não estou conseguindo treinar. Tentamos equilibrar fisica, tecnica e clinicamente”, disse o treinador, que elogiou a coragem de Bobadilla.
“Bobadilla nunca fez a lateral direita, diga-se de passagem. Queria exaltar o compromisso dele em dispor a fazer minutos antes da partida, com o imprevisto do Moreira. Nós temos três laterais e os três estão fora. Início de temporada e, claro, quando essas coisas acontecem, ainda mais quando os resultados estavam vindo como era até duas rodadas, a gente consegue trabalhar com mais tranquilidade. Quando o resultado não acontece como foi, potencializam-se algumas dificuldades”, observou.