A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que “adora” quando um homem diz que ela pode “mandar” nele.
O comentário foi feito na sessão da 1ª Turma desta terça-feira, 1°, que discutiu a constitucionalidade da lei da Anvisa que obriga advertências em propagandas de alimentos com alto teor de sal, açúcar e gordura e bebidas açucaradas com baixo valor nutritivo.
“A ministra anunciou a intenção de pedir vista”, disse Flávio Dino. “Eu gostaria de aguardar a vista dela, mas, se ela quiser que eu vote, eu voto, ou seja, ela manda na hora que eu voto.”
“Adoro homem dizer que eu posso mandar nele”, respondeu Cármen. “O senhor nem calcula o tanto.” Na sequência, Dino disse que a mulher dele também o controla. “Imagina, então, duas?”, acrescentou a juíza do STF.
Posicionamentos de Cármen Lúcia
Embora não tenha se declarado publicamente feminista, a ministra do STF tem posicionamentos que a aproximam do movimento.
Em fevereiro de 2022, Cármen assinou um manifesto que faz, de forma implícita mas evidente, uma apologia à expansão do acesso ao aborto no Brasil.
No dia da reunião, o jornal Folha de S.Paulo noticiou que a ministra havia deixado o evento após discordância sobre a forma como outras participantes pretendiam se referir à questão da interrupção da gravidez. Por isso, Cármen chegou a ser elogiada nas redes sociais por algumas personalidades defensoras da vida.
O documento considera como “primordial e imprescindível” a “manutenção e expansão dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres”. A expressão “direitos sexuais e reprodutivos das mulheres” é um eufemismo frequentemente usado por grupos abortistas para promover a prática no mundo.