O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da gestão Bolsonaro, Fabio Wajngarten, se uniram a voluntários para auxiliar nas operações de buscas e reconstrução do município de Bento Gonçalves, um dos mais afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul.
Carlos Bolsonaro e Wajngarten participaram das ações de buscas pelos seis desaparecidos do município, iniciada às 6h desta quinta-feira, 16. Antes de ajudarem como voluntários, eles já tinham realizado a doação de 25 toneladas de águas. Chegaram a Bento Gonçalves com recursos próprios, além de sacos com roupas e sapatos para adultos e crianças.
Em entrevista a Oeste, Carlos Bolsonaro relatou ter visto “uma realidade muito marcante” e “assustadora”. Afirmou que a ida ao município deixa “claro que se não fosse o apoio das pessoas voluntárias, não teriam sido impedidas tantas mortes.”
Fabio Wajngarten também contou sobre as dificuldades e a tragédia enfrentada pela população local. “Bento Gonçalves é uma região serrana, onde tiveram, infelizmente, 16 mortos”, explicou.
“Hoje, às 6h saímos em um frio de 6° C com o resgate para acompanharmos as buscas pelos seis desaparecidos. As imagens que vemos nesses locais são chocantes, com muitos desbarrancamentos e marcas de um rio que chegou a quase 30 metros”, explicou o assessor de Bolsonaro.
Carlos também destacou que, embora “nunca” tenha visto uma destruição tão grande, sentiu-se inspirado “pela força e garra” da população da cidade. “A força pela vontade de viver nos inspira em meio a tanta tragédia. É por isso também que viemos dar nosso apoio e prestar nossa solidariedade a cada um”, acrescentou.
Carlos Bolsonaro e Wajngarten visitam áreas destruídas
Também nesta quinta-feira, 16, Carlos Bolsonaro e Fabio Wajngarten visitaram a região do Rio das Antas, na área do município gaúcho de Bento Gonçalves. O filho do ex-presidente Bolsonaro demonstrou sua consternação diante da magnitude dos estragos e voltou a destacar a resiliência das pessoas afetadas.
“Estamos tentando entender um pouquinho do que aconteceu na região por causa das chuvas”, disse. “As características que causaram a destruição dessa imensa região serrana do Estado são um pouco diferentes das características que aconteceram, por exemplo, no Rio Guaíba.”
Carlos explicou que, enquanto em outras regiões, como as cidades gaúchas de Porto Alegre e Canoas, a destruição foi causada pela cheia dos rios em terrenos planos, ali em Bento Gonçalves trata-se de um “vale gigantesco”, o qual “parece cânions vistos de cima.”
“Só que a gente não tem a mínima noção. Só quando chegamos perto vimos o estrago que foi causado em uma região que vive do turismo e da agricultura familiar. São pessoas simples. Mas assim, conversando com algumas pessoas, conversando com o prefeito de Bento Gonçalves, constatamos que tudo foi afetado. E continua sendo destruído porque não parou de chover”, disse.
Por fim, Carlos Bolsonaro destacou que o “trabalho dos civis está sendo fundamental” para ajudar a reerguer o município neste “primeiro momento de alinhamento para o entendimento do que está acontecendo.”