sexta-feira, dezembro 20, 2024
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Capital perdida de antigo império é revelada em pesquisa 

Encontrar cidades do passado soterradas sob construções e paisagens atuais é um grande desafio da arqueologia, mas a tecnologia vem ajudando com isso nos últimos anos. Dessa vez, foi a capital do antigo Império Assírio que foi encontrada no Iraque.

Chamada de Khorsabad, q cidade foi encontrada durante uma pesquisa magnética. Com a ajuda de um magnetômetro os cientistas encontraram os portões de água da cidade, que tem cerca de 2700 anos. 

Até então, a teoria mais aceita era de que a cidade abrigava apenas o palácio do governo e não se desenvolveu muito além disso. No entanto, a análise identificou uma vila com 127 quartos, indicando que o local era maior do que se achava.

“O magnetômetro cria uma reconstrução mais abrangente do que as trincheiras de teste tradicionais e não causa nenhum dano ao local”, disse Sarah Melville , historiadora especializada no Império Neoassírio que não estava envolvida na pesquisa de Khorsabad, à Live Science.

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Cidade abandonada no passado

A cidade planejada para ser a capital do Império Assírio começou a ser construída pelo imperador Sargão II. Mas ele morreu antes do local ficar totalmente pronto e seu filho, que assumiu o império, mudou a sede da administração para Nínive, fazendo Khorsabad ser abandonada.

A cidade ficou esquecida por dois milênios, até ser reencontrada por pesquisas arqueológicas entre 1800 e 1900. O palácio foi parcialmente desenterrado e muitas de suas esculturas estão no museu do Louvre, em Paris, na França.

Plantas do império assírio (Imagem: Universidade Ludwig Maximilians de Munique)

Mas além do palácio, pouco se sabia do complexo, pelo menos até agora. Em vez de montar o magnetômetro em um veículo ou drone, o que poderia ter atraído atenção indesejada, Fassbinder e um colega pesquisador carregaram o dispositivo de 15 quilos para frente e para trás sobre a capital enterrada. Eles trabalharam por sete dias, cobrindo 0,3 quilômetros quadrados — o que ainda é menos de 10% do local.

O uso de drones era uma preocupação da equipe, já que a região chegou a ser tomada pelo Estado Islâmico e a área é considerado como de conflito. 

“Surpreendentemente, a vasta quantidade de dados disponíveis sobre as capitais assírias vem quase exclusivamente do estudo da arquitetura monumental oficial — essencialmente, os espaços e criações associados ao rei”, disse Daniele Morandi Bonacossi , arqueólogo da Universidade de Udine, na Itália, especialista no Antigo Oriente Próximo e que não estava envolvido na pesquisa, à Live Science.

Isso é só começo da pesquisa, mais dados devem revelar outras esculturas enterradas no local e relevar mais detalhes sobre o estilo de vida da região. A pesquisa foi apresentada no último dia 9, mas ainda não foi publicada em um periódico revisado por pares.  

Via Olhar Digital

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