sexta-feira, novembro 22, 2024
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Capitais do Sul reforçam tendência favorável à reeleição em 2024, mostra agregador de pesquisas

Dois dos três prefeitos das capitais da região Sul lideram a corrida eleitoral de 2024, conforme dados do agregador de pesquisas Ipespe Analítica divulgados em primeira mão pela CNN. A ferramenta mostra o cenário para a disputa de 2024 em 25 das 26 capitais das cinco regiões do país, para as quais já foram divulgadas pesquisas de intenção de voto.

Tanto em Porto Alegre, com Sebastião Melo (MDB), quanto em Florianópolis, com Topázio Neto (PSD), os candidatos à reeleição aparecem na frente, coincidentemente com 33% dos votos em suas respectivas cidades.

A exceção é Curitiba, na qual o atual prefeito, Rafael Greca (PSD), já foi reeleito em 2020 e decidiu apoiar seu vice, Eduardo Pimentel (PSD), na disputa do ano que vem – ele está em terceiro lugar, com 13%, atrás do ex-prefeito e deputado federal Luciano Ducci (PSB), com 18%, e da deputada federal Rosângela Moro (União Brasil), com 16%.

Pelos dados do agregador Ipespe Analítica, desenvolvido pela equipe do doutor em ciência política Vinicius Silva Alves, apenas a capital paranaense vive um cenário de disputa com diversos nomes.

O favoritismo dos prefeitos de Florianópolis e Porto Alegre refletem uma tendência esperada para a maioria das grandes cidades do país: a de que as eleições municipais de 2024 tendem mais ao continuísmo, em vez da mudança.

Na capital gaúcha, a deputada federal Maria do Rosário (PT) desponta como principal desafiante à reeleição de Melo – ela está a 7 pontos percentuais do prefeito, pelos dados do agregador, e quase 20 à frente da terceira colocada, Juliana Brizola (PDT). PT e MDB são adversários históricos em Porto Alegre e têm histórico de gestões bem e mal avaliadas pelos porto-alegrenses.

Na capital catarinense, Topázio Neto herdou a prefeitura de Gean Loureiro (PSD), que havia sido reeleito em 2020 e renunciou para disputar o governo estadual. Pelo agregador, o prefeito tem mais de 20 pontos de dianteira em relação ao ex-senador e ex-prefeito Dário Berger (PSB) e ao deputado estadual Pedrão (PP).

Levando em conta a filiação partidária, o PSB lidera em Curitiba e pode buscar uma vaga no segundo turno em Florianópolis, pelo atual cenário. O PSD lidera na capital catarinense e pode avançar em Curitiba, cidade sob sua atual gestão. E o MDB pode seguir à frente de Porto Alegre, a depender do quanto o PT conseguir avançar na disputa.

Curitiba

  1. Luciano Ducci (PSB) – 18%
  2. Rosângela Moro (União Brasil) – 16%
  3. Eduardo Pimentel (PSD) – 13%
  4. Paulo Martins (PL) – 9%
  5. Carol Dartora (PT) – 3%

Florianópolis

  1. Topázio Neto (PSD) – 33%
  2. Dário Berger (PSB) – 12%
  3. Pedrão (PP) – 10%
  4. Marquito (PSOL) – 6%
  5. Bruno Souza (Novo) – 6%
  1. Sebastião Melo (MDB) – 33%
  2. Maria do Rosário (PT) – 26%
  3. Juliana Brizola (PDT) – 7%
  4. Thiago Duarte (União Brasil) – 2%
  5. Comandante Nádia (PP) – 2%

O agregador de pesquisas desenvolvido pelo Ipespe Analítica é um algoritmo que projeta a intenção de voto para prefeito a partir de levantamentos feitos por diversos institutos. Não é apenas somar os números e obter uma média. A metodologia usa estatística bayesiana e técnicas de aprendizado de máquina (machine learning). Leva em conta, por exemplo, o período em que as entrevistas foram feitas – quanto mais recentes, maior o peso no cálculo –, assim como o histórico dos institutos.

Trata-se de uma fotografia mais precisa do cenário eleitoral, quando comparado às pesquisas de forma individual. Isso porque, como ainda se trata de pré-candidaturas, pode haver diferença na lista de nomes apresentados aos entrevistados. Além disso, o agregador atualiza os dados tão logo seja divulgada uma nova pesquisa e permite a comparação ao longo do tempo na série histórica.

Via CNN

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