“Houve uma coesão de alguns grupos contrários aos posicionamentos da atual gestão em torno do meu nome. Na realidade, esses grupos na outra eleição, quando a Leila se candidatou pela primeira vez, ela foi candidata sem adversário e nós entendemos que haveria necessidade de se promover um debate, de trazer algumas ideias, de uma alternativa para o clube”, explicou Orlandi.
O adversário de Leila Pereira ainda disse que o projeto da atual presidente do Palmeiras é de curto prazo, com caráter personalíssimo e de autopromoção, que resulta em subordinação e dependência econômica no clube.
“Nós temos tratado algumas questões relacionadas a problemas e mazelas que o Palmeiras já tinha anteriormente e que inegavelmente essa gestão não conseguiu superar até agora. A volta do clientelismo, essa questão da falta de transparência ou da mitigação dos conflitos de interesse, que para nós são muito claros, o fluxo de caixa, o Palmeiras não conseguiu resolver esse problema ainda”, comentou Savério.
Savério Orlandi ressaltou a dependência que o clube paulista tem da atual mandatária. Leila comprou um avião para da sua empresa Placar Linhas Aéreas S/A, visando melhorar a logística e diminuir o custo das viagens para o Palmeiras.
Além disso, ela é responsável pelo principal patrocínio da equipe: a Crefisa. Atualmente, a empresa da presidente paga anualmente R$ 81 milhões ao clube para estampar os principais espaços da camisa.
“A presidente, de uma certa forma, enredou o clube. O Palmeiras hoje utiliza a empresa de táxi aéreo dela, utiliza como alternativa ao seu campo de jogo o estádio que ela é concessionária, o patrocínio é dela e assim por diante […] o que a Crefisa paga para o Palmeiras está abaixo do mercado, e mais do que isso, um modelo desse de exclusividade para todas as propriedades não é o mais sadio”, falou o candidato da oposição.
Leila Pereira assumiu a presidência do Palmeiras em janeiro de 2022 e tem mandato vigente até 31 de dezembro de 2024.
As eleições no Palmeiras acontecerão em dezembro deste ano. Já confirmada como candidata da situação, Leila Pereira deve enfrentar um chapa denominada Movimento Palmeiras Avante. O bloco é formado por conselheiros tidos como independentes à gestão atual.
No Alviverde, as chapas registradas precisam de aprovação de, pelo menos, 15% do Conselho Deliberativo para depois concorrerem à eleição com voto dos associados.
Em 2021, Leila Pereira concorreu como chapa única e entrou para a história ao ser a primeira mulher a comandar o Palmeiras.
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