Tentar não interferir na escolha do próximo presidente do Banco Central é o melhor a se fazer. Foi o que disse, nesta segunda-feira, 15, o atual chefe da autarquia, o economista Roberto Campos Neto.
O mandato dele termina em dezembro. Até lá o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deve indicar outro nome para a função.
“Não faz sentido para mim tentar interferir no processo”, afirmou Campos Neto, em um evento organizado pelo Council on Foreign Relations. “Ou tentar dizer se o candidato A, B ou C é melhor.”
“O que a lei diz é que é prerrogativa do presidente”, prosseguiu o economista. “E ele [Lula] terá a liberdade para fazer isso e também vai pagar o preço se a escolha não for boa.”
Campos Neto promete ajudar na transição do comando do Banco Central
Campos Neto disse que, independentemente de quem for escolhido para substituí-lo, tentará garantir uma transição tranquila no comando da autarquia.
“Não vejo muitas mudanças, porque o Banco Central é muito técnico”, disse, antes de elogiar o modelo da instituição. “O Banco Central tem um mandato claro e a autonomia do Banco Central dá poder a quem sentar na cadeira para ser independentemente do governo. Espero que isso continue.”
Roberto Campos Neto está à frente da presidência do Banco Central desde fevereiro de 2019.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado