sexta-feira, janeiro 31, 2025
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Câmeras ajudam na prisão de assassino de delegado em SP

Imagens de câmeras de segurança tiveram um papel crucial na prisão de um suspeito pelo assassinato do delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior, ocorrido em 14 de janeiro, na zona sul de São Paulo. O jornal O Estado de S. Paulo divulgou os vídeos nesta quarta-feira, 29.

As imagens foram capturadas pela empresa Gabriel e mostram o momento em que os suspeitos cometem diversos crimes na área, tanto dias quanto minutos antes da tragédia. Os delitos foram cometidos dentro de um raio de 5 quilômetros da Rua Amaro Guerra, onde o delegado foi baleado.

A Secretaria de Segurança Pública disse que a Polícia Civil trabalha para prender todos os responsáveis. Entre janeiro e novembro de 2024, as forças de segurança efetuaram 13 mil prisões e apreenderam 1,2 mil armas de fogo nas áreas onde os crimes ocorreram.

As gravações revelaram um padrão de ação dos criminosos, que utilizavam motocicletas e mochilas de entregadores como disfarce para circular pelas ruas. A investigação cruzou imagens para identificar semelhanças entre os crimes e notou a troca de placas das motos usadas em vários delitos.

O delegado Rogério Barbosa Thomaz, do Departamento Estadual de Investigações Criminais, confirmou que os indivíduos envolvidos nos roubos estão ligados ao homicídio de Moura Júnior. A polícia está em posse das imagens e trabalha na identificação dos suspeitos nas 2ª, 3ª e 6ª Delegacias Seccionais.

Polícia usa câmeras para identificar mudanças das placas das motos

Deglayr Barcellos, delegado-assistente, detalhou que os criminosos adotavam táticas para despistar as autoridades, como a troca e clonagem de placas de motos, além de realizar rodízio entre os assaltantes.

“Foram diversas motos utilizadas, diversas placas mapeadas”, afirmou Barcellos ao Estadão. “Ao menos dez envolvidos nessa associação criminosa.”

Além do latrocínio contra o delegado, outros dois roubos ocorreram no mesmo dia. O criminoso preso é apontado como quem efetuou os disparos fatais. A quadrilha, segundo Barcellos, pode ser composta de até seis integrantes.

A identidade do bandido não foi revelada para preservar a integridade do inquérito. O criminoso abordou o delegado, que estava armado, e, depois da revista, disparou quatro vezes, atingindo-o nas costas, no braço e na garganta, antes de fugir com o celular e a arma da vítima.

“O fato de ele ser policial decretou a morte dele”, comentou Barcellos. “Não havia necessidade do tiro.”

Via Revista Oeste

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