domingo, julho 7, 2024
InícioPolíticaCâmara questiona Exército por compra de adegas de vinho

Câmara questiona Exército por compra de adegas de vinho

O Exército tem até quarta-feira (17) para explicar à Câmara dos Deputados um processo licitatório para adquirir dez adegas de vinhos. A compra está sendo feita pelo 6º Depósito de Suprimentos, com sede em Salvador, na Bahia.

Pela descrição do edital, o “refrigerador de alimentos” do tipo “adega” deve ser de aço inoxidável escovado, com duas portas e capacidade mínima para armazenar 29 vinhos em temperatura de 7ºC a 18ºC.

Ainda de acordo com o processo de aquisição, uma das adegas será destinada ao Hospital Geral de Salvador. As demais serão distribuídas entre outras seis unidades militares.

O requerimento da Câmara com pedido de explicações foi apresentado pelo deputado Gilson Marques (Novo/SC) e aprovado pela Mesa Diretora. “Adega é um item de luxo, não sendo essencial para as atividades do Ministério da Defesa”, justificou no documento.

O parlamentar alega que a legislação veda a compra desse tipo de produto. O artigo 20 da Lei de Licitações estabelece que “os itens de consumo adquiridos para suprir as demandas das estruturas da Administração Pública deverão ser de qualidade comum, não superior à necessária para cumprir as finalidades às quais se destinam”.

O deputado questiona ainda quem irá utilizar as adegas, a estimativa de valor e se há outras formas de conservar vinhos que sejam “menos custosas”.

A CNN teve acesso à resposta elaborada pelo Exército e remetida ao Ministério da Defesa para ser enviada à Câmara dos Deputados. Segundo o documento, as adegas vão ser usadas nos hotéis de trânsito mantidos pela Força na Bahia e em Sergipe.

Conforme a justificativa do Exército, os hotéis possuem receita própria, por intermédio da locação de quartos e exploração de áreas de lazer. “E a presença de uma adega de vinhos para serem vendidos aos hóspedes pode melhorar a experiência do usuário nos hotéis de trânsito, proporcionando um ambiente mais agradável e confortável”, diz o texto.

O Exército e o Ministério da Defesa foram procurados pela CNN. No entanto, até o momento, não se posicionaram sobre o assunto.

Via CNN

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui