As caixas-pretas do avião da Voepass, que caiu na sexta-feira 9 na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo, chegaram ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em Brasília, neste sábado, 10. O acidente deixou 62 pessoas mortas.
Os gravadores de áudio e de dados, que compõem a caixa-preta, segundo o órgão, já estão sendo analisado pelos investigadores do órgão. O gravador de áudio, que captura os últimos 30 minutos do voo antes da queda, captura tudo o que o piloto e o copiloto falam e tudo o que é conversado na cabine.
Já o de dados grava todas as informações do voo no período que antecede a queda, como velocidade, inclinação, os dados da aeronave. “Isso ajuda a reconstruir o acidente”, continuou.
Em alguns casos, os danos nos aparelhos são tamanhos que prejudicam a coleta das informações. Existem apenas dois laboratórios no Hemisfério Sul que podem extrair informações da caixa preta, o Cenipa é um deles. Já o outro fica na Austrália.
O Cenipa faz a apuração técnica dos acidentes aéreos a fim de entender como aconteceu e como prevenir. A apuração não indicia ninguém, pois não tem cunho criminal.
O acidente do avião no interior de SP
Vindo de Cascavel, no Paraná, o avião caiu na tarde de ontem em um condomínio residencial no bairro Capela, no interior de SP. Todas as 62 a bordo morreram, sendo o maior acidente aéreo do Brasil em número de vítimas desde 2007.
De acordo com a Voepass, o avião saiu do Paraná sem qualquer restrição de voo, com todos os sistemas aptos para realizar a operação e todos os tripulantes com habilitação válida. A aeronave saiu de Cascavel às 11h46 e deveria ter pousado em Guarulhos, em SP, às 11h46.
O avião voou por 1h35 min sem qualquer registro de ocorrências, mas fez uma curva brusca e despencou 4 mil metros em aproximadamente 1 minuto. A aeronave então desapareceu do radar depois de explodir no terreno de uma casa em um condomínio residencial.
A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar o casco, mas ainda não se sabe o que causou o acidente.