A Caixa Econômica Federal recusou a proposta apresentada pelo Corinthians para quitar o financiamento do estádio Neo Química Arena. O clube havia encaminhado a proposta em novembro durante uma visita do presidente da Caixa, Carlos Vieira, ao estádio.
A intenção do Corinthians era pagar R$ 531,5 milhões para zerar os débitos do estádio. Parte desse montante seria proveniente do contrato de naming rights (direito sobre a propriedade de um nome) com a Hypera Pharma.
No entanto, a Caixa argumentou que o Corinthians não pode utilizar o dinheiro proveniente da venda dos direitos do nome, uma vez que esse valor pertence ao Arena Fundo de Investimento Imobiliário, e não ao clube. Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem entendimento de que esses recursos não podem ser destinados para esse fim específico.
Em agosto de 2013, a Caixa, com aval do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), emprestou R$ 400 milhões para ajudar na finalização da construção do estádio corintiano, que serviu para o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014. Estima-se que a dívida atual, considerando juros e correção monetária, supere R$ 610 milhões.
Em uma publicação no Twitter/X, o ex-presidente do clube Andrés Sanchez se manifestou sobre a rejeição da proposta e pediu calma aos torcedores. “Tenham calma, as negociações não são simples, mas continuam”, escreveu. “Fazer o estádio era difícil, pagar também, vender o nome da Arena também, tirar e fazer acordo com a Odebrecht também — e foi se resolvendo com o tempo. Calma, tudo será resolvido.”
Tenham calma a negociações não são simples mas continua fazer o estádio era difícil pagar tbm vender o nome da arena tbm tirar e fazer acordo com Odebrecht tbm é foi c resolvendo com o tempo calma tudo será resolvido
— Andres Sanchez (@andresanchez63) February 13, 2024