Os poderes diretamente envolvidos na primeira grande crise institucional do governo Lula ensaiaram uma trégua nas últimas 24 horas. O motivo? Cada um tem muito a perder com o confronto.
O Supremo porque se afastar do planalto o fará perder influência nas nomeações de tribunais e da Procuradoria-Geral da República (PGR), e porque se o governo Lula não der certo, a oposição pode dar.
O Congresso porque é o Supremo que julga as ações penais de deputados e senadores.
E o Palácio do Planalto porque depende do Congresso para lhe garantir estabilidade política e do Supremo para, primeiro, fechar o caixa, e segundo, conter o bolsonarismo.
É devido a essa engrenagem que todos falaram com todos nas últimas horas. Não dá para falar em trégua ainda. Mas todos ganham com o acerto político.
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