A ideia de Lula de não perseguir a meta de déficit zero durou pouco, apenas três semanas. Nesse período, as circunstâncias se impuseram ao presidente.
Ele e seu partido nunca foram a favor de contas públicas ajustadas, sempre compreendendo que, como já disse Dilma Rousseff, “gasto é vida”. Isso não mudou, mas as condições para que um governo dite por si só os rumos do país se alteraram.
No Brasil de hoje, um governo é praticamente obrigado a compartilhar poder com o Congresso, que deu todas as indicações, a partir de Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, de que a meta de déficit zero deveria ser, pelo menos agora, perseguida.
Não perseguir a meta também abriria um front com o setor privado, do qual o governo depende para concretizar o seu principal programa de investimentos, o PAC. Cerca de 70% do PAC é financiado por dinheiro privado, e o dinheiro privado valoriza previsibilidade, estabilidade e segurança.
Além disso, é necessário ter um Ministro da Fazenda forte, respaldado pelo presidente da República.
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