O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o ministro do Turismo, Celso Sabino, se reúnem nesta terça-feira (6) depois de divergências públicas sobre qual candidatura o União Brasil, partido do qual fazem parte, vai apoiar nas eleições presidenciais de 2026.
Caiado tem se colocado como pré-candidato do partido à Presidência da República em 2026, enquanto Sabino afirma que a possibilidade de o União Brasil apoiar uma eventual reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é maior do que a de seguir um caminho diferente.
No encontro, além de negociações políticas e partidárias, o governador e o ministro vão tratar sobre investimentos da pasta destinados ao setor de turismo do Estado de Goiás.
As divergências entre os dois expõem um racha no partido que, junto com o PP e o Republicanos, pretende acelerar as negociações após o Carnaval para criar uma “megafederação” partidária. Uma vez concretizada, a aliança terá a maior bancada do Congresso Nacional, com 151 deputados e 17 senadores.
O surgimento da federação é dado como provável e ela já tem, inclusive, um nome sugerido: União Progressista Republicana.
As três siglas discutem ainda a realização de prévias para a escolha de um candidato único à sucessão de Arthur Lira na presidência da Câmara. Elmar Nascimento (União-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP) são hoje os dois favoritos nas eleições de fevereiro de 2025.
Em entrevista ao jornal “O Globo”, Caiado afirmou que a sigla, representada no governo federal em três ministérios, não vai caminhar com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma eventual tentativa de se reeleger. O governador tem se colocado como pré-candidato do partido à Presidência.
“O União Brasil é um partido de uma visão conservadora, e seguirá sendo. Hoje, caminha ao lado do governo nos projetos de interesse do país, mas não acredito que vá caminhar com o Lula nas eleições de 2026”, afirmou Caiado ao jornal.
Dias depois, ao jornal “Folha de S.Paulo”, o ministro Celso Sabino afirmou que a probabilidade de o União Brasil apoiar uma eventual reeleição de Lula em 2026 é maior do que a de seguir um caminho diferente.
“Eu respeito a vontade, os anseios individuais de alguns integrantes do nosso partido, mas acredito que a probabilidade de o nosso partido caminhar na reeleição com o presidente Lula é muito maior do que não”, afirmou.
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