O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) iniciou uma investigação sobre o acordo de compartilhamento de voos entre Azul e Gol, firmado em maio. O acordo de codeshare permite que uma companhia aérea venda bilhetes para voos operados pela outra, ampliando a oferta de ambas.
Na quinta-feira 11, as empresas anunciaram o começo da venda de passagens para 40 rotas compartilhadas, com previsão de incluir mais rotas nas próximas semanas.
Azul e Gol têm cerca de 30% do mercado doméstico cada uma, enquanto a chilena Latam lidera com 40%, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Declarações das empresas
Em nota, a Gol afirmou que o acordo de codeshare é um padrão comercial, no curso normal dos negócios, e envolve apenas rotas domésticas não sobrepostas.
“A Gol respeita os órgãos reguladores e está à disposição para responder qualquer demanda que receba sobre o tema”, declarou a empresa. A Azul não se manifestou.
O acordo entre Azul e Gol
A colaboração inclui rotas domésticas exclusivas e engloba os programas de fidelidade Azul Fidelidade e Smiles, permitindo que os passageiros acumulem pontos ou milhas em ambos os programas ao comprar voos que fazem parte do acordo.
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários, a Azul afirmou que o acordo beneficiará consumidores ao combinar sua malha altamente conectada, que atende a maioria das cidades brasileiras, com a forte presença da Gol nos principais mercados do país.
A parceria está disponível nos canais de vendas de ambas as empresas. Quando a medida foi anunciada, foi estimado que o acordo criaria mais de 2,7 mil oportunidades de viagens com apenas uma conexão.
A Gol, que já possui mais de 60 acordos comerciais com companhias aéreas globais, expressou entusiasmo em expandir os benefícios no Brasil.