A cúpula do PL está furiosa com os dissidentes do partido que traíram a orientação de Jair Bolsonaro e votaram em Marcel van Hattem, do Novo. Os traidores somariam duas dezenas. Embora o voto seja secreto, o ex-presidente está convicto sobre os nomes de pelo menos seis deles e suspeitaria de outros dez.
Alguns criticaram publicamente Bolsonaro pelo apoio a Hugo Motta e outros já pediram, em discursos e postagens nas redes sociais, até o extermínio do centrão. Embora Valdemar Costa Neto não esteja considerando expulsar os dissidentes, identificá-los se tornou prioridade para evitar que esses parlamentares “voltem a usar o prestígio de Bolsonaro” para tentar um novo mandato em 2026.
Se a candidatura de Van Hattem representa uma decepção para Bolsonaro e seu núcleo, a traição de integrantes do próprio PL soa como deboche, desrespeito até.
Dentre os nomes que circulam no núcleo duro do PL estão Carla Zambelli, Luiz Philippe de Orléans e Bragança e até Bia Kicis, uma bolsonarista acima de qualquer suspeita. Nikolas Ferreira, que chegou a dizer que seguiu a orientação de Bolsonaro, apesar do “alinhamento de ideias” com Van Hattem, não conseguiu afastar totalmente a desconfiança de seus pares.