sábado, julho 6, 2024
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BYD lança versão mais barata do Dolphin Mini… só que na China

Tem gente aqui no Brasil esperando até hoje o Dolphin Mini a menos de R$ 100 mil… O lançamento veio, mas o preço não. O compacto elétrico chinês é vendido no mercado nacional a R$ 115.800.

Justiça seja feita, a BYD nunca anunciou oficialmente que o veículo custaria menos de R$ 100 mil – foi algo que ganhou as redes sociais apenas. Agora, é verdade também que teve muita gente frustrada com isso – levando até ao cancelamento de inúmeras pré-reservas.

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Se no Brasil a montadora chinesa não conseguiu entregar um preço tão atrativo (embora justo por tudo que o carro traz), no seu país natal a empresa acaba de apresentar um versão ainda mais barata do Seagull, como é chamado por lá o Dolphin Mini.

Batizada de Honor Edition (Edição da Honra, em uma tradução livre), a configuração do hatch 100% elétrico custa 69.800 yuans. Isso dá aproximadamente US$ 9.700 – cerca de R$ 42 mil apenas!!

Eu, sinceramente, não me lembro a última vez que tivemos um carro 0km tão barato. Talvez na fase do IPI Zero, no governo Dilma Rousseff. Mas eram veículos mais simples, às vezes sem câmbio automático e ar-condicionado até. Agora estamos falando de um elétrico com estrutura de ponta. E por menos de R$ 45 mil… Só que na China.

A estratégia agressiva surgiu para conter o avanço de marcas rivais, como Geely, GAC Aion, Tesla, Xpeng, entre outras.

BYD Dolphin Mini Preto Polar Night. (Imagem: BYD / Divulgação)

Por que os carros são tão caros no Brasil?

O Olhar Digital já trouxe um texto explicando o motivo. Mas a vale a pena retomarmos o assunto.

  • Podemos colocar nessa lista a alta carga tributária.
  • Sobre um carro nacional, incidem o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
  • Isso sem contar o pagamento anual do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e licenciamento.
  • A partir deste ano também, o governo federal aumentou o imposto de importação de carros elétricos – o que encareceu o Dolphin Mini.
  • Mas não só só os tributos que encarecem os veículos.
  • O chamado Custo Brasil (conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas, fiscais e econômicas do país) tem um peso determinante nessa conta.
  • Como nosso transporte é quase todo rodoviário e nossas estradas são ruins, no geral, isso acaba representando um desafio para o transporte de automóveis e peças, encarecendo seu custo, que é repassado ao consumidor.
  • Tem ainda o fato de o real ter perdido valor em relação ao dólar americano nos últimos anos.
  • No meio do caminho tivemos uma pandemia que encareceu matérias-primas, como aço, minério de ferro e borracha, e desestabilizou as cadeias de suprimento das indústrias.
  • Nesse contexto, destaque para a escassez global de semicondutores, que estão presentes por todo o carro, desde o câmbio, até o freio e o motor.
  • Um último aspecto é o fato de o brasileiro gostar muito de carro e sempre ter pagado caro por isso.
  • Esse aspecto cultural pesa bastante no orçamento; tanto que o México, um país que não é rico, como a gente, tem carros 40% mais baratos que os nossos.

Informações do Dophin Mini

O BYD Dolphin Mini Honor Edition entrega apenas 75 cv de potência máxima e torque de 13,7 kgf.m. Não é lá uma máquina, mas funciona bem para a cidade.

São duas opções de autonomia: uma com 305 km (bateria de 30,08 kWh) e outra com 405 km (bateria de 38.88 kWh).

Entre os equipamentos de série, destaque para a tela rotativa de 10 polegadas da central multimídia, os quatro airbags, ar-condicionado, direção elétrica, volante multifuncional e controle de estabilidade.

Imagem: BYD / Divulgação

Na configuração comercializada aqui no mercado brasileiro, o Dolphin Mini tem autonomia de 280 km com uma carga completa, segundo o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

Sua velocidade máxima é de 130 km/h e aceleração de zero a 100 km/h acontece em 14 segundos, com potência de 75 cv e torque de 13,7 kgfm (o mesmo do novo modelo chinês).

Sua bateria tem capacidade de 38 kWh; o tempo de recarga é de 30 minutos em um carregador rápido (DC).

Com 3,78 metros de comprimento, ele é 10 cm maior do que um Renault Kwid e 34 cm menor do que o BYD Dolphin.

Ainda assim, ele tem 2,50 metros de entre eixos, trazendo bom espaço interno, apesar de ser considerado um Mini.

As informações são do UOL.

Via Olhar Digital

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