sexta-feira, novembro 22, 2024
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Buscas por vida alienígena avançam no sistema TRAPPIST-1

Um artigo disponível no servidor de pré-impressão online arXiv detalha uma pesquisa conduzida por cientistas do Instituto SETI e da Universidade Estadual da Pensilvânia (PSU), nos EUA, para buscar sinais de tecnologia alienígena no sistema estelar TRAPPIST-1. 

A equipe passou 28 horas examinando o sistema, procurando emissões de rádio que poderiam indicar atividade extraterrestre. Embora não tenha encontrado evidências de vida alienígena, o estudo forneceu dados valiosos e trouxe novas abordagens para futuras buscas.

Segundo Nick Tusay, pesquisador de pós-graduação da PSU, o projeto mostra que os cientistas estão cada vez mais perto de detectar sinais de rádio semelhantes aos que a Terra envia ao espaço. Em um comunicado, ele ressalta que, com equipamentos mais avançados, como o futuro Square Kilometer Array (SKA), será possível captar transmissões de civilizações alienígenas, caso estas estejam se comunicando com suas espaçonaves.

Ilustração compara o sistema TRAPPIST-1 e a parte interna do Sistema Solar em relação à zona habitável. Crédito: NASA / JPL-Caltech

Equipe detectou 11 mil candidatos a sinais alienígenas

A pesquisa focou nas ocultações planeta-planeta (PPOs), um fenômeno em que um planeta passa na frente de outro. A hipótese sugere que, se houver vida inteligente em TRAPPIST-1, sinais de rádio trocados entre os planetas poderiam vazar e ser detectados na Terra. 

Utilizando o Allen Telescope Array (ATA) atualizado, a equipe escaneou diversas frequências de rádio, filtrando milhões de sinais até chegar a cerca de 11 mil candidatos para uma análise mais aprofundada. Desses, 2.264 foram captados durante as janelas previstas de PPOs, mas nenhum apresentou origem não humana.

O uso de software avançado ajudou a equipe a diferenciar sinais terrestres de possíveis sinais alienígenas, refinando o processo de detecção. Os cientistas acreditam que a melhoria contínua dessas técnicas, especialmente com foco em eventos como PPOs, pode aumentar as chances de sucesso em buscas futuras.

Rede de radiotelescópios ATA, usada na pesquisa. Crédito: NSF

O projeto também contou com a participação de estudantes do programa de Experiência de Pesquisa para Alunos de Graduação (REU) do Instituto SETI, que testaram o sistema detectando sinais de satélites orbitando Marte.

TRAPPIST-1, localizado a 41 anos-luz da Terra, possui sete planetas rochosos, alguns deles na zona habitável, onde a água líquida, elemento essencial para a vida, poderia existir. Por isso, o sistema continua sendo um alvo prioritário na busca por vida extraterrestre.

Via Olhar Digital

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