Depois de golpes militares, Burkina Faso, Mali e Níger anunciaram, no sábado 6, a formação de uma confederação para fortalecer a cooperação entre os três países africanos. A primeira reunião de cúpula ocorreu em Niamey, capital nigerina, onde o trio de nações formalizou a aliança.
O encontro reuniu o general Abdourahamane Tiani, do Níger; o coronel Assimi Goïta, do Mali; e o capitão Ibrahim Traoré, de Burkina Faso. Eles assinaram quatro documentos: o tratado da confederação, regras de procedimento, comunicado final e a “Declaração de Niamey”.
A medida visa a uma maior colaboração entre Burkina Faso, Mali e Níger
Os líderes dos três países decidiram aumentar a integração e assinaram o tratado que cria a Confederação dos Estados do Sahel.
Os chefes de Estado defenderam a livre circulação de pessoas e mercadorias, além de criar uma força unificada e um plano trilateral para ações militares. Eles pretendem lançar um banco de investimentos e um fundo de estabilização econômica e social.
Contexto e objetivos da nova aliança
A nova confederação é referida pela sigla AES, originária da Aliança de Estados do Sahel, estabelecida em setembro de 2023. Esses países enfrentam violências jihadistas há anos.
Em janeiro, os membros da AES anunciaram a saída da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental. Eles alegaram forte influência da França, antiga potência colonial, com a qual romperam.
Os três países, que somam população total de 72 milhões, estão localizados na região do Sahel, ao sul do deserto do Saara.