sexta-feira, novembro 22, 2024
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Buraco do tamanho da Suíça se abriu no gelo da Antártida

Desde 2016, cientistas de todo o mundo estudam um enorme buraco do tamanho da Suíça que se abriu inesperadamente no gelo do Mar de Weddell, na Antártida. Oito anos depois, eles descobriram o que causou o fenômeno.

Maior buraco aberto no gelo em 40 anos

  • Os pesquisadores explicam que é comum que buracos do tipo apareçam dentro do gelo marinho.
  • Este fenômeno é chamado de polínia.
  • No entanto, a abertura registrada em 2016 foi a maior em 40 anos.
  • Inicialmente, os meteorologistas atribuíram a polínia extraordinariamente grande a uma mistura de condições oceânicas incomuns e uma tempestade de grandes proporções que atingiu a região.
  • Agora, no entanto, outra equipe descobriu que havia mais fatores em jogo do que se pensava anteriormente.
  • As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Science Advances.
Estudo do gelo da Antártida revelou o que causou o buraco (Imagem: Mozgova/Shutterstock)

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Novo estudo revela o que aconteceu

No novo trabalho, os cientistas tentaram entender o porquê da mesma região registrar tantas aberturas de buraco no gelo, enquanto em outras áreas isso não acontece com tanta frequência. As polínias mais recentes ocorreram perto do pico da extensão do gelo marinho no final do inverno ou início da primavera.

Parte da resposta para esta pergunta está em uma grande corrente circular conhecida como Giro de Weddell, que foi excepcionalmente forte no período entre 2015 e 2018. Isso trouxe uma camada profunda de água salgada quente à superfície.

De acordo com os pesquisadores, isso pode explicar como o gelo marinho derreteu. Mas, à medida que este derretimento acontece, isso leva a um refrescamento da água da superfície, o que, por sua vez, deveria interromper o processo.

Mudanças climáticas não foram a causa do fenômeno, mas têm impactos no cenário (Imagem: KPG-Payless/Shutterstock)

Dessa forma, eles identificaram que deveria haver uma entrada adicional de sal de algum ponto. Evidências apontam que isso aconteceu em redemoinhos turbulentos à medida que a corrente fluía sobre o Maud Rise, a cordilheira submarina da qual a polínia recebe seu nome.

As mudanças climáticas podem não ter sido a causa deste fenômeno, mas isso não significa que elas não tenham impactos neste sentido. O gelo bloqueia a transferência de energia entre o oceano e a atmosfera. Sua ausência aumenta essa troca, e o mesmo vale para o dióxido de carbono.

No inverno antártico, há pouca luz solar para o mar aberto absorver, mas isso muda na primavera, quando a polínia pode levar a um aquecimento adicional. Desta forma, estes buracos podem ajudar no aumento das temperaturas do planeta.

Via Olhar Digital

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