O romance fictício de Penelope Featherington (Nicola Coughlan) e Colin Bridgerton (Luke Newton) na série “Bridgerton”, da Netflix, continua sendo assunto, mas nem toda discussão tem agradado os espectadores.
Um artigo recente da Forbes sobre a série, escrito pela autora e ativista Virgie Tovar, causou comoção ao se referir ao casal como “peso misto”, colocando o foco nos diferentes tipos de corpo dos personagens de uma forma que alguns acharam sexista.
Conhecido pelos fãs como “Polin”, o romance da dupla nesta temporada tem sido aguardado ansiosamente desde a estreia do programa, em 2020, já que os fãs da série (e dos romances de Julia Quinn, que inspiraram a franquia de sucesso da Netflix) sabem que Penelope secretamente ansiava por chamar a atenção de Colin desde o início.
Por mais celebrado que o casal seja, o artigo de Tovar reconhece a discussão problemática que o relacionamento dos personagens gerou. “Para alguns, esse romance é perturbador porque os força a considerar que os humanos simplesmente não são governados por regras organizadas e previsíveis”, escreve Tovar. “Se esse romance te perturba, isso diz mais sobre o quão profundamente você internalizou a gordofobia do que sobre os corpos dos atores que interpretam Penelope e Colin.”
O artigo gerou reações mistas, com alguns celebrando a discussão e outros criticando a terminologia usada nele.
A escritora e crítica Zoë Rose Bryant compartilhou no X: “Acho interessante como há inúmeros casais fictícios no cinema e na televisão em que o homem pesa mais do que a mulher, mas as pessoas não começaram a escrever artigos sobre o que diabos é um ‘romance de peso misto’ até que seja o contrário.”
A CNN entrou em contato com Tovar para comentar sobre seu artigo na Forbes.
Coughlan disse que estava ciente das conversas que estavam sendo feitas sobre seu corpo plus size após as duas primeiras temporadas e “especificamente pediu que certas falas e momentos fossem incluídos” na nova temporada, que apresenta cenas de sexo picantes entre sua personagem e o de Newton.
“Há uma cena em que estou muito nua na câmera, e essa foi minha ideia, minha escolha”, acrescentou Coughlan na época. Parecia o maior ‘dane-se’ para todas as conversas em torno do meu corpo; foi incrivelmente fortalecedor.”