sexta-feira, novembro 22, 2024
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Brasileiro fotografa nave da China voltando da Lua

Lançada em 3 de maio de 2024, com o objetivo de coletar amostras do lado oculto da Lua (um feito até então não alcançado por ninguém), a missão Chang’e 6, da China, foi um sucesso e já está voltando para a Terra com o material obtido. Espera-se que a espaçonave pouse na próxima terça-feira (25).

Por enquanto, ela está em viagem entre a Lua e a Terra – ao alcance de ser observada por telescópios em solo. Um desses equipamentos que registrou a cápsula Chang’e 6 a caminho de casa fica no Brasil, mais precisamente na Serra da Piedade, na cidade de Caeté (MG).

Trata-se do Observatório SONEAR-Wykrota-CEAMIG, administrado pelo astrônomo amador Cristóvão Jacques, dono do canal AstroNEOS, no YouTube. O engenheiro e físico também é membro do Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais (CEAMIG), da Rede de Astronomia Observacional (REA) e da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON). 

Sonda Chang’e 6, da China, fotografada por observatório brasileiro. Crédito: Cristóvão Jacques

Sobre a missão Chang’e 6:

  • Pesando 8,2 toneladas, a espaçonave Chang’e 6 carrega quatro componentes: um orbitador, um módulo de pouso, um ascendente e um módulo de reentrada;
  • Tudo isso foi usado para coletar amostras lunares do lado oculto da Lua, região praticamente inexplorada do satélite;
  • Este é um feito que nenhum país do mundo já realizou;
  • As amostras foram colocadas no veículo ascendente para serem transportadas da superfície para a órbita lunar;
  • Em seguida, houve a transferência para o módulo de reentrada, que está conduzindo os itens para a Terra;
  • A chegada está prevista para dia 25 de junho.
SONEAR
Cristóvão Jacques, cofundador do observatório SONEAR. Crédito: Arquivo Pessoal

Nave da China perto da Lua não pode ser vista a olho nu

Em entrevista ao Olhar Digital, Jacques disse que a imagem foi obtida na quinta-feira (20), às 22h (pelo horário de Brasília). Segundo ele, a sonda estava a pouco menos de 368 mil km da Terra no momento em que o registro foi feito. 

Jacques explica que a visualização deste objeto exige um telescópio, uma câmera digital e um pouco de conhecimento astronômico. “No céu, a nave está perto da Lua, mas não dá para ver a olho nu”.

Para saber exatamente onde está a sonda, Jacques orienta clicar neste link, que informa a posição da espaçonave até o dia que ela voltar para a Terra.

Via Olhar Digital

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